Candidato a deputado federal: Michel Belli defende Reforma Tributária para geração de empregos

Empresário, que disputa vaga pelo PPS, que também mudança no pacto federativo

Candidato a deputado federal: Michel Belli defende Reforma Tributária para geração de empregos

Empresário, que disputa vaga pelo PPS, que também mudança no pacto federativo

Idade: 41 anos
Naturalidade: Brusque
Profissão: Empresário
Grau de instrução: Ensino Superior completo
Religião: Católica
Nome na urna: Michel Belli
Número na urna: 2333
Candidato a presidente: Jair Bolsonaro (PSL)
Candidato a governador: Não declarou

O empresário Michel Belli, do PPS, concorre pela primeira vez a um cargo eletivo. Ele é casado e pai de um filho, nasceu e sempre morou em Brusque.

Belli é empresário e já foi presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas, assim como exerceu funções na Associação Empresarial de Brusque (Acibr) e na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).

Na entrevista a seguir, o candidato defende suas posições e explica suas propostas.

Assista à entrevista na íntegra:

Por que decidiu ser candidato a deputado federal?
“Eu já faço parte da CDL há mais de 12 anos, também há mais de 10 anos da Apae de Brusque, tudo isso como voluntário. E nessas entidades das quais eu faço parte vi que todos os recursos provêm dos seus associados, de filantropia, de pessoas que acreditam na entidade e querem ajudá-las, e algumas vezes do governo. Porém todas essas entidades têm dificuldade muito grande. Então eu vi que eu posso fazer a diferença entrando na política e fazendo esse caminho ajudando as entidades.”

Qual o primeiro projeto de lei que pretende propor enquanto deputado?
“O pacto federativo. Entendo que ele está totalmente equivocado e nós vamos ter que fazer uma emenda para mudá-lo. Os tributos que o nosso município recolhe vão para o governo federal, que depois distribui para as cidades e regiões que ele mais entende que precisa. Isso não tem razão de ser assim. Se a gente deixar o dinheiro dos tributos no município e estados, ele vai ficar e vai ser aplicado na nossa região. E concomitantemente a isso, um dos meus primeiros passos vai ser abrir mão dos benefícios, por exemplo o auxílio-paletó. Um deputado federal ganha R$ 33 mil, como é que pode um cara que ganha 33 mil não conseguir comprar um paletó? Outra coisa é o auxílio-moradia, você ganha moradia do governo. Isso tudo eu já vou devolver inteiramente, não é 50, 30, 40%, é inteiramente.”

Qual será o seu investimento prioritário e recursos de emendas parlamentares? Vai aplicá-las 100% na região?
“100%. Meus eleitores são de Brusque e região. É a cidade onde nasci, onde constituí família. Então eu vou investir totalmente em Brusque e região. Por exemplo, a nossa duplicação agora Itajaí e Balneário Camboriú, vai ser um pulinho. Acredito que  a nossa cidade vai crescer muito com isso. Então é claro que nós vamos também ter que investir em Itajaí, em Balneário Camboriú, as nossas cidades vizinhas que vêm junto com Brusque: Vidal Ramos, Botuverá, Guabiruba, isso também vai precisar de investimento. Mas vai ser tudo investido aqui.”

Qual a reforma mais importante e como ela deve ser feita?
“Vou citar duas: a reforma tributária e a reforma trabalhista. Mas o que eu tenho como mais importante é a reforma tributária. A gente vê a dificuldade que um empresário passa para conseguir empreender e empregar funcionários. Nós temos que evitar pagar tributo para o governo. Para mim a reforma tributária é uma das principais.”

Qual é esse modelo de Reforma Tributária?
“Acredito que é a redução da carga tributária do empregador sem tirar os direitos do empregado. Agora, não é a gente passar a carga toda para o empregado. O empregador vai pagar menos tributos com os direitos permanentes do empregado.”

O senhor é favorável à Reforma da Previdência? Qual seria o modelo ideal?
O governo está insustentável com tanto pagamento, as aposentadorias, essa questão toda de benefícios. Por exemplo, você vê todo o dinheiro que é investido em famílias que recebem aposentadorias na terceira geração e o governo está pagando isso tudo. Isso não tem condições de pagar, é insustentável essa conta. E essa Reforma da Previdência é justamente baseada nisso, na redução do pagamento da aposentadoria da previdência. Nós temos que diminuir essa carga.”

Por que escolheu o PPS e qual é a visão programática do partido?
“Eu estava no PSB por questões de ajudar um amigo, uns anos atrás, que se elegeu vereador e desde lá eu fiquei. Quando tive esse projeto de me candidatar a deputado federal eu procurei vários partidos e queria escolher o que me desse mais autonomia. E eu encontrei no PPS, além de amigos que fazem parte do diretório de Brusque, uma autonomia muito grande. Não quero ser o político que tem que seguir diretrizes do partido.”

O senhor defendeu nas suas redes sociais uma intervenção militar no país. Qual foi a sua motivação para ter feito essa defesa?
“Vejo que no Brasil, naquela situação que teve a greve dos caminhoneiros, estava tudo bagunçado e está muito bagunçado ainda. O que eu pensei? Os militares tomando conta e abrindo uma nova eleição, proibindo todos os candidatos que estão atualmente de se candidatarem novamente para botar tudo cara nova e a gente começar tudo de novo. Não é uma ditadura militar, o que eu apoio, na época apoiava, seria uma intervenção militar. Os militares tomarem conta, saem todos do Congresso, vamos fazer uma nova eleição. Ditadura militar não.”

Mas não parece uma contradição o senhor ter defendido essa intervenção ao mesmo tempo em que é candidato a ocupar uma vaga no Congresso?
“Não, porque seria uma nova campanha eleitoral. Vamos intervir e abrir nova campanha, eu seria candidato da mesma forma, eu estaria concorrendo da mesma forma.”

Acredita que o Exército, uma vez no poder, realmente ficaria por alguns meses para organizar uma eleição e não por 20 anos como foi da última vez?
“Não, com certeza. Por isso que eu falei, uma intervenção militar e não ditadura e volto a repetir, não ditadura. Eu acredito nos militares, tanto que acredito no Bolsonaro.”

Um dos temas mais tratados durante a sua gestão na CDL foi a regulamentação dos ambulantes. Como o senhor pode contribuir com esse tema?
“É uma concorrência desleal muito grande. Vou poder ajudar nisso como deputado federal para conseguir estabelecer uma forma de regulamentação para todo o estado. Nós temos que regulamentar por igual todos os estados. Regulamentação total.”

Qual seria o seu projeto para melhorar a vida dos lojistas no país?
“A Reforma Tributária. Vamos trabalhar para diminuir a carga dos empregadores e com isso eles vão conseguir contratar mais pessoas. Contratando mais pessoas eles vão gerar mais emprego, vai aumentar a renda, vai aumentar o comércio. Com a economia girando todos os lojistas vão sair ganhando.”

Por que começar como deputado federal e não como vereador por exemplo?
“Eu ia [concorrer] nessa última eleição em 2016 pra vereador. Só que acontece que o meu filho ia nascer no mesmo mês da eleição. Então decidi vir em 2018 para deputado federal. Tenho certeza que o deputado federal pode fazer muito mais que um vereador e eu tenho grande chance de entrar.”

Como está sendo financiada a sua campanha?
“Os recursos são muito pequenos, sou um dos que menos vai gastar. Eu tenho amigos que estão colocando dinheiro, pouca coisa, eles vão ser destinados para santinhos, adesivos e mídias sociais. Não tenho um cabo eleitoral pago.”

Qual foi o principal erro da atual Câmara dos Deputados e como ele pode ser corrigido?
“Um dos grandes problemas do Congresso é a corrupção. O dinheiro não volta para o contribuinte. A corrupção é a pior coisa que está acontecendo no Congresso.”

É favorável à revogação do Estatuto do Desarmamento e flexibilização da posse de armas?
“Sou a favor do porte de arma. Eu sou praticante de tiro, acredito que o cidadão de bem que tenha passado por todos os testes psicológicos, que se enquadre nas regras pra você ter porte de arma, essa pessoa pode ter armas tranquilamente. Claro, você não vai dar arma para qualquer um, tem que ter justamente um regramento, tem que passar por provas. Eu acredito que é positivo, é muito positivo o porte de arma.”

O senhor votaria a favor da descriminalização do aborto?
“Sou totalmente contra o aborto. Qualquer vida que você interrompa eu sou contra. Muitas vezes as pessoas vem: “ah e se foi estuprado?”. Ok, a mulher foi estuprada, existem meios contraceptivos mesmo em caso de estupro, como a pílula do dia seguinte. Ela está abalada emocionalmente, lógico que sim. Ela vai procurar ajuda. Quando ela for procurar ajuda toma a pílula do dia seguinte, mas não faça um aborto. Sou totalmente a favor da vida, defensor da vida.”

Em relação à Reforma Política, o modelo atual é o ideal?
“Tem que haver uma reforma política, principalmente na redução do número de parlamentares, de políticos, de gestores. São 1.019 deputados estaduais e 513 federais, isso é um absurdo. Isso tem que ter uma redução drástica. Ministros, para que tanto ministro? Para que tanto senador? Tem que haver uma reforma com certeza, não tenho dúvida disso. Reduzir a máquina, a máquina está grande e está corrupta.”

O Brasil tem 1.019 deputados estaduais e 513 federais?
Quase isso. São 1.024 estaduais, espalhados por todos os estados brasileiros e, de fato, 513 federais. Em Santa Catarina são 40. Há, ainda, 56.810 vereadores, 11.136 prefeitos e vices, 54 governadores e vices e por fim, um presidente e seu vice (neste momento sem ninguém no cargo).

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