Candidatos à Prefeitura de Brusque usam redes sociais para cativar o eleitor, mas precisam se proteger de boatos

Em comparação a 2012, o uso das redes sociais aumentou na campanha eleitoral

Candidatos à Prefeitura de Brusque usam redes sociais para cativar o eleitor, mas precisam se proteger de boatos

Em comparação a 2012, o uso das redes sociais aumentou na campanha eleitoral

As redes sociais dos candidatos à Prefeitura de Brusque, sobretudo suas páginas no Facebook, estão bastante movimentadas neste período. A maior parte deles posta mais de uma vez por dia, compartilhando propostas e cobertura fotográfica de seus eventos de campanha. Há também pequenas produções em vídeo, bastante disseminadas.

Em comparação a 2012, o uso das redes sociais aumentou substancialmente na campanha eleitoral. Para os candidatos, elas se tornaram mecanismos baratos e eficientes de chegar ao eleitorado.

“Nós acreditamos que as redes sociais estão nos dando a oportunidade, sem ter um custo, de informar os nossos programas e ideias. Estão nos ajudando e fazendo com que a política mude o seu rumo”, afirma o candidato do PSOL, Chico Cordeiro.
O prefeito Bóca Cunha, candidato à reeleição, acredita que a campanha no corpo a corpo é mais importante. “É onde conseguimos nos expressar, falar detalhadamente sobre o nosso plano de governo e tirar dúvidas. Nada substitui poder olhar no olho das pessoas”.

Para ele, entretanto, o tempo reduzido de campanha, que passou de 90 para 45 dias, contribuiu para aumentar a importação do uso das redes sociais.

“Sabemos que hoje as pessoas passam horas diariamente na internet, principalmente em seus celulares. Consultando nossos canais nas redes, elas podem acompanhar uma reunião que não conseguiram estar presentes, estudar nosso plano de governo com calma”, afirma Bóca.
Odirlei Dell’Agnolo, o Bah (SD), têm opinião diferente. Afirma que o peso da campanha online e no corpo a corpo é o mesmo.

“Com as redes sociais conseguimos atingir um público maior, com menos gastos e de forma muito mais rápida. A vantagem da campanha online, principalmente para os eleitores, é que as promessas ficam registradas, de modo que podem ser cobradas do candidato eleito”, diz o candidato.

Jones Bosio, do DEM, também opina que a campanha online tem alcance maior, já que não é possível atingir o mesmo eleitorado em uma campanha nas ruas, de porta em porta. Afirma, porém, que sua campanha é mais focada em ir aos bairros conversar com os eleitores.

Para Jadir Pedrini, candidato do PROS, as redes também servem para troca de mensagens privadas com os eleitores. “A campanha online é tão importante quanto a do corpo a corpo”, diz o candidato.


Monitoramento de comentários nas redes

Assessorias contratadas pelos candidatos também são responsáveis por monitorar o que é dito sobre eles e suas campanhas nas redes sociais.
Bóca Cunha diz que sua campanha se preocupa em coletar reivindicações feitas pelos leitores que possam ser incorporadas ao plano de governo. Ele diz que, caso eleito, pretende manter os canais de comunicação com este fim.

Jadir Pedrini afirma que os dados coletados com o monitoramento das redes ajudam a definir formas de abordar os eleitores sobre determinados temas, assim como esclarecer suas dúvidas.

Para Jones Bosio, é importante “ler as críticas e opiniões das pessoas que de alguma forma querem nos ajudar a criar um projeto para nossa cidade”.

“Os anseios da comunidade externados por meio das redes sociais servem de parâmetro para que possamos aperfeiçoar o projeto que pretendemos desenvolver, contudo não temos uma equipe ou pessoa exclusivamente monitorando e compilando os dados”, afirma Bah.


Candidatos precisam se defender de boatos

Apesar de ampliarem o alcance e baratearem os custos de divulgação da campanha, as redes sociais também podem ser usada contra os candidatos, sobretudo por causa da divulgação de informações ou boatos desabonadores de suas figuras.

O candidato do PP diz que não se preocupa com a boataria nas redes sociais.

“Infelizmente, no nosso país muitos ainda permanecem fazendo a política velha e utilizando de ferramentas que a população já não aceita mais”, afirma Bóca. “Não vamos gastar energia com algo que não leva para frente”.

Parte dos candidatos afirma que ainda não foi vítima de boato nesta campanha eleitoral, mas compreendem que isso é uma constante, na disputa pelo poder.

“O candidato ou grupo que partir para a divulgação de ataques e boatos, flagrantemente, revelará estar ligado à velha política que já causou sérios problemas a nossa população”, afirma Bah, do SD.

Jones Bosio, do DEM, informou já ter sido vítima de boataria eleitoral nas redes sociais, mas optou por não debatê-la.

“O nosso respeito é com todos os candidatos, e principalmente com nosso cidadão e eleitor, que quer saber o que vamos fazer para melhorar sua qualidade de vida e não cair em um debate que não soma nada para a cidade”.

Chico Cordeiro, do PSOL, diz que tem tomado cuidado para filtrar o que é dito nas redes sociais, porque, na sua avaliação, as pessoas as usam, às vezes, de forma equivocada, para fazer o “debate de ódio”.

“O debate político nos últimos anos tem se transformado no debate do ódio entre dois segmentos, e aqui em Brusque isso não é diferente”, afirma Cordeiro.

Os candidatos Gustavo Halfpap (PT) e Ciro Roza (PSB) não responderam aos e-mails com pedido de entrevista
sobre o tema.

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