Carlos Renaux não deve ser beneficiado pela venda de bebidas no estádio Augusto Bauer

Alto custo para exploração comercial e baixo público inviabilizam faturamento, avalia diretoria

Carlos Renaux não deve ser beneficiado pela venda de bebidas no estádio Augusto Bauer

Alto custo para exploração comercial e baixo público inviabilizam faturamento, avalia diretoria

A autorização de venda de cerveja nos estádios catarinenses, sancionada pelo governador Raimundo Colombo, no mês passado, não deve trazer benefícios diretos ao Clube Atlético Carlos Renaux, proprietário do estádio Augusto Bauer. A projeção é do presidente do clube, Renato Petruschky, o Tato.

Os motivos são os custos para manter uma equipe de vendas, compra dos produtos e a incerteza quanto ao movimento de público nos jogos da Série C do Campeonato Catarinense, realizado no segundo semestre.

Depois de um hiato de 12 anos, o clube voltará a disputar uma competição profissional a partir de setembro. Apesar de achar o retorno da venda de cervejas nos estádios positiva, Tato afirma que não conta com a possibilidade de aumentar as receitas. Segundo ele, os custos com mão de obra e para a compra da bebida são pouco atrativos para jogos com público reduzido.

Tato reconhece que a venda poderia ter influência na movimentação do público no estádio, mas prefere tentar mobilizar a torcida pela tradição e carinho existente pelo clube.

Brusque: medida atrairá torcedores
O Gigantinho já contou com venda de cerveja em 2018. Os recursos, porém, foram destinados ao Brusque Futebol Clube, locador do estádio.

A diretoria do clube é mais otimista: acredita que a venda da bebida atrairá mais torcedores ao estádio e também ajudará nas receitas do clube. “Era um clamor muito grande de toda a torcida, dirigentes e amantes do esporte. Até porque nunca foi possível comprovar a relação entre situações de violência nos estádios atreladas ao consumo da bebida alcoólica”, diz André Rezini, conselheiro do clube.

Outro fato que sempre foi defendido por parlamentares e simpatizantes da causa é de que, com a proibição, muitas pessoas consumiam bebidas fora do estádio, o que já fazia com que a lei não tivesse efeito prático.

“Com certeza foi um avanço para todos. A cerveja é algo que está na cultura do nosso futebol e do nosso povo como um todo. E é um produto lícito, vendido em shows, eventos, bares e baladas e até em festas de igreja. Não existia lógica não ser vendida em estádios de futebol”, observa Rezini.

Dez anos sem álcool
A venda de cerveja nos estádios de futebol de Santa Catarina estava proibida deste 2008 e foi liberada agora, dez anos mais tarde, após aprovação de projeto de lei na Câmara dos Deputados em 20 de dezembro de 2017. Posteriormente, a medida foi sancionada pelo governador Raimundo Colombo para que já entrasse em vigor já a partir da primeira rodada desta edição do Catarinão.

 

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