Casas e salas comerciais sofrem com alagamentos constantes na rodovia Antônio Heil

Água das chuvas escorre para dentro de imóveis e causa prejuízos à população

Casas e salas comerciais sofrem com alagamentos constantes na rodovia Antônio Heil

Água das chuvas escorre para dentro de imóveis e causa prejuízos à população

Famílias e comerciantes têm sofrido com os frequentes alagamentos de suas casas e estabelecimentos que ficam à margem da rodovia Antônio Heil, a poucos metros do limite com Itajaí. As obras de duplicação na rodovia elevaram as pistas, causando um desnível em relação aos imóveis, fazendo com que as águas da chuva escoem para dentro.

Morador do local, Luis Tambosi conta que a cozinha é o cômodo mais afetado de sua casa, e já perdeu por duas vezes as mobílias por causa dos alagamentos. A água entra com frequência em sua casa. “É um desleixo do estado, quando fez a duplicação, e do município agora. Quando a rodovia foi feita, não pensaram direito na canalização das águas”, opina.

Para amenizar o problema, a família precisou investir em comportas hidráulicas para que a água da chuva não entre em casa. Ele ainda decidiu quebrar seu próprio muro, porque a água acabava escorrendo e prejudicando outros imóveis. O pai de Tambosi possui um bar às margens da rodovia, e também enfrenta dificuldades por causa dos alagamentos.

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“Temos que improvisar. Há menos bocas-de-lobo, algumas foram fechadas, outras não tiveram reparos. O estado terminou a parte de duplicação da rodovia em Brusque, quando fizeram a duplicação levantaram muito o asfalto, e o problema sobra para nós. Não é difícil resolver”, diz Luis Tambosi.

Rosemar Moresco é irmã de Luis, e também mora no mesmo local. A família mora em casas próximas, no mesmo ponto afetado por causa do escoamento das águas. “A rua ali alaga muito. Quem não tem sofrido é uma outra irmã minha, que antes de construir, elevou o terreno, e por isso não tem mais preocupações”. A família relata que já entrou em contato com a prefeitura, mas nunca obteve respostas concretas.

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O proprietário da Bento Moto Oficina, Bento Nicoletti, conta que chegou a perder serviços com alguns veículos na primeira vez em que sofreu com os alagamentos, pois não teve tempo de retirá-los do local. Ele precisou construir pequenos muros para evitar a entrada das águas, e teve prejuízos de algumas centenas de reais.

“Se chovia no meio da noite, eu tinha que ir até a oficina para tirar o que fosse possível, cuidar das portas. Sofri muito no ano passado. Já cheguei com muita água na oficina, dá vontade de abandonar tudo. O bar ao lado sofre muito”, relata.

A reportagem de O Município entrou em contato com o diretor-geral da Secretaria de Obras de Brusque, Nik Imhof, que afirma que a pasta não tinha conhecimento sobre o problema até então, pois não havia recebido reclamações. Na manhã desta sexta-feira, 25, a situação deve ser verificada no local e a secretaria deverá ter uma posição oficial sobre o problema e o que deve caber às suas responsabilidades.

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