Censo 2022: saiba quanto tempo levam e como se deslocam os moradores de Brusque até o trabalho
Levantamento revela hábitos e distâncias percorridas
Levantamento revela hábitos e distâncias percorridas
O deslocamento até o trabalho é rápido para boa parte dos moradores de Brusque. Segundo dados do Censo 2022, 80% dos trabalhadores chegam ao local de trabalho em até 30 minutos. A pesquisa mostra ainda que o automóvel é o principal meio de transporte utilizado na cidade.
De acordo com o levantamento, 52% dos brusquenses utilizam o carro para se deslocar até o trabalho. Em seguida aparecem a motocicleta, com 15%, e o deslocamento a pé, com 13%. O uso de ônibus é citado por 8% dos trabalhadores, enquanto 7% optam pela bicicleta.
O tempo médio de trajeto também reforça a curta distância entre casa e emprego. Entre os que se deslocam de carro, 42% levam entre 6 e 15 minutos e 37% de 16 a 30 minutos.
Já entre os que vão a pé, 38% afirmam percorrer o caminho em até cinco minutos, e 46% em até 30 minutos.
Os dados revelam ainda que 82% da população economicamente ativa de Brusque trabalha na própria cidade. Outros 12% exercem suas atividades em casa, 3% em outro município e menos de 1% em outro país.
O cenário, segundo o secretário de Trânsito e Mobilidade, Emerson Luiz Andrade, reflete a característica de Brusque como um polo regional com forte presença industrial e comercial, concentrando grande parte das oportunidades de emprego dentro do próprio território municipal.
“Esse perfil urbano e produtivo exige que o planejamento da mobilidade acompanhe o crescimento da cidade, garantindo fluidez e segurança”, afirma.
Com a maior parte da população se deslocando de carro ou a pé, a secretaria de Trânsito considera como prioridade a modernização do sistema semafórico e a redução dos acidentes de trânsito. Segundo Andrade, a fluidez está diretamente ligada à atualização dos equipamentos instalados nas vias.
“A revitalização do sistema semafórico é essencial. Os equipamentos atuais são antigos e muitas vezes não se comunicam entre si, o que inviabiliza, por exemplo, a chamada ‘onda verde’”, explica.
Ele acrescenta que a substituição dos aparelhos por semáforos inteligentes permitirá otimizar o tempo de deslocamento sem comprometer a segurança.
“Com os novos sistemas, poderemos ajustar o sincronismo conforme o fluxo e responder mais rápido a situações como acidentes. Isso garante fluidez com controle de velocidade e segurança nas vias”.
O secretário também destaca que o município vai realizar o primeiro encontro técnico para elaboração do Plano Municipal de Redução de Sinistros com Morte. O objetivo é estabelecer diretrizes baseadas em quatro pilares: educação, fiscalização, sinalização e processos administrativos.
“O conjunto dessas ações deve reduzir o número de mortes e sinistros, que ainda é alto no município”, pontua.
Além da tecnologia, Andrade ressalta a importância de reforçar o efetivo da Guarda de Trânsito de Brusque (GTB). “O aumento da presença nas ruas inibe condutas de risco e fortalece a sensação de segurança no trânsito”.
Os dados do Censo mostram que apenas 8% dos trabalhadores utilizam o transporte coletivo e 7% a bicicleta. Para o secretário, o desafio é tornar o transporte público mais atrativo e eficiente.
“Estamos com um processo licitatório aberto para contratação de empresas que revitalizem o transporte coletivo em Brusque. A proposta inclui uma tarifa reduzida, o que deve atrair mais passageiros”, afirma.
Ele explica que a ideia é oferecer um serviço rápido, seguro e acessível. “Quando o transporte coletivo é eficiente, ele reduz o número de veículos nas ruas. Um ônibus cheio representa cerca de 40 carros a menos no trânsito”.
Andrade adianta que, após a conclusão da licitação, serão avaliadas mudanças nas rotas e a criação de corredores exclusivos para ônibus.
“Queremos que os veículos cheguem mais rápido aos terminais e cumpram trajetos mais diretos. A estrutura atual precisa ser modernizada para acompanhar o ritmo de crescimento da cidade”.
Quanto ao uso da bicicleta, o secretário defende o incentivo ao transporte sustentável e seguro. “Brusque tem um relevo desafiador, mas precisamos fomentar o uso da bicicleta, tanto para o trabalho quanto para o lazer”, observa.
Ele destaca que há uma política municipal, em parceria com a secretaria de Planejamento Urbano (Seplan), voltada à revitalização de calçadas e criação de ciclorrotas.
“Onde não for possível implantar ciclovias, as calçadas revitalizadas poderão ser de uso compartilhado. Já em locais sem estrutura adequada, vamos instituir ciclorrotas ligando os bairros ao centro. A ideia é ampliar as alternativas de deslocamento com segurança”, complementa.
Por fim, o secretário reforça que o planejamento da mobilidade precisa acompanhar o desenvolvimento econômico de Brusque. “O município tem a missão de fomentar o crescimento industrial e comercial, mas esse avanço precisa ocorrer de forma organizada”, afirma.
Segundo ele, a secretaria atua em conjunto com a secretaria de Infraestrutura na avaliação de projetos de grande impacto viário.
“Não se trata apenas de abrir novas vias, mas de garantir que elas sejam seguras. Toda obra que influencia a mobilidade passa por nossa análise técnica”, explica.
Um dos exemplos citados por Andrade é o prolongamento da avenida Beira Rio, que integra o conjunto de obras planejadas para melhorar o fluxo entre bairros e o centro da cidade.
“Essas intervenções são essenciais para que Brusque cresça com segurança e planejamento”, conclui.
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