Cesta básica de Brusque é a décima mais cara do país

Estudo realizado pelo Dieese no mês de julho mostrou que o conjunto dos produtos básicos custa R$ 282,50

Cesta básica de Brusque é a décima mais cara do país

Estudo realizado pelo Dieese no mês de julho mostrou que o conjunto dos produtos básicos custa R$ 282,50

A pesquisa realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudo (Dieese) aponta que Brusque tem a 10ª cesta básica mais cara do Brasil. Em julho, o conjunto de itens básicos do brusquense custava em média R$ 282,50; apenas R$ 1,95 mais barato que em Brasília e R$ 1,53 mais em conta que em Florianópolis.

Apesar disso, a cesta básica em Brusque teve uma redução de 6,56% em comparação com o mês de junho. De acordo com o Dieese, o salário ideal para o trabalhador brusquense conseguir comprar a cesta básica do mês seria R$ 2.750,83.

Para o economista Wagner Dantas, a concentração de vendedores é um dos fatores para o custo da cesta básica ser elevado no município. “Não temos uma oferta muito grande de mercados. Temos uma marca grande e outra menores, e nesses mercados menores, o preço de distribuição costuma ser mais alto”, explica.

Ele aponta ainda a renda dos brusquenses como influência para o resultado. “Temos uma situação única de renda, uma das maiores rendas do Estado, renda per capita, isso também pode influenciar. Uma vez que você tenha condição da demanda pagar um pouco mais pelos produtos, faz com que automaticamente os fornecedores sintam isso e a cesta fique um pouco mais elevada”, destaca.

A esteticista Silvana Damasio Stacheski, sente o alto preço dos alimentos no bolso. “Minha mãe mora no Paraná, eu vou com frequência visitá-la e sinto que a diferença dos preços é muito grande. Brusque é tudo muito caro. Geralmente, nem compro frutas e verduras em mercado, vou à feira que é muito mais em conta. Se Brusque, que é a segunda melhor cidade para se viver está assim, eu fico imaginando a primeira”, declara.
Produtos

O tomate foi um dos itens que influenciou a queda no preço da cesta básica, com uma variação mensal de 42,44%. Em julho, o preço da batata também teve grande redução, ficou 10,36% mais barata. O preço da manteiga sofreu uma queda de 5,82%, o óleo ficou 2,14% mais barato, assim como o pão, que reduziu o valor em 2,74% e a carne que ficou 1,43% mais barata.

Por outro lado, o leite foi o alimento que mais teve acréscimo no preço, ficou 4,74% mais caro em comparação ao mês de junho. O arroz e o café tiveram alta de 1,78%. O feijão fechou o mês 1,59% mais caro, assim como a banana que teve acréscimo de 1,29% em seu preço.

> Confira os preços em detalhe na edição desta quarta-feira, 7 de agosto, do Jornal Município Dia a Dia

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