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Imagem registrada em Brusque mostrando os impactos da escassez de chuva de maio/Arquivo: Ciro Groh

Segundo a Administração Americana de Oceano e Atmosfera (Nooa), a chance do La Niña avançar por todo o ano de 2022 e chegar ao início de 2023 é cada vez maior. A última atualização da Noaa indicou que o oceano Pacífico Equatorial continua mais frio que o normal.

No Sul do Brasil, um dos impactos da postergação do La Niña será a manutenção do cenário de chuva irregular até o final do ano, como já está sendo observado em maio. Além disso, o fenômeno tende a potencializar as massas polares durante o inverno com frio atípico podendo se estender até a primavera.

Efeitos do La Niña em Brusque

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Imagem ilustrando os impactos do começo de maio chuvoso em Brusque/Arquivo: Ciro Groh

O município de Brusque e toda a região do Vale do Itajaí não fogem à regra e estão inseridos nesse contexto de previsão acima descrito. Quem projeta é o engenheiro agrônomo da Climaterra, Ronaldo Coutinho.

Segundo o especialista, tanto os brusquenses quanto os moradores das cidades do entorno vão continuar com essa alternância até o fim de 2022, apresentando longos períodos de tempo seco e curtos eventos de chuva em excesso.

“Vamos tomar como exemplo este mês de maio. Choveu muito em toda SC nos quatro primeiros dias do mês e depois disso, até esta quarta-feira, 25, praticamente não houve mais registro de chuva no estado. É esse tipo de comportamento que a gente espera para o restante do ano em Brusque e região”, comenta Coutinho.

Frio tardio

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Rio Itajaí-Mirim em Brusque nesta imagem capturada em 24 de maio/Arquivo: Ciro Groh

Com relação aos termômetros, Coutinho prevê de uma forma geral, um inverno rigoroso. E não descarta alguns picos de frio atípico se estendendo para os meses de setembro e outubro na região brusquense.

“Uma das características do do La Niña no Sul do Brasil é o inverno começar cedo e terminar tarde. A neve de maio em SC define isso. Alguns eventos de frio forte ainda podem impactar Brusque na primavera”, explica.

La Niña até 2023

De acordo com as últimas projeções emitidas pela Nooa, o fenômeno La Niña está indicando sinais de enfraquecimento apenas a partir do verão de 2023. A partir de então, tende a entrar numa condição de neutralidade, a confirmar a expectativa.

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