Clube de Caça e Tiro Araújo Brusque celebra 150 anos neste sábado, 9

Festa acontece na sede da entidade e reúne ex-presidentes e autoridades

Clube de Caça e Tiro Araújo Brusque celebra 150 anos neste sábado, 9

Festa acontece na sede da entidade e reúne ex-presidentes e autoridades

Um dia que ficará na história da comunidade brusquense. Assim pode ser definido este sábado, 9, data em que se comemorou com festa os 150 anos do Clube de Caça e Tiro Araújo Brusque – o clube de tiro mais antigo do Brasil ainda em atividade. Fundado no dia 14 de julho de 1866, o clube é uma das referências do tiro esportivo nacional, pois possui um dos melhores estandes do país.

A Kleines Deutsches Fest – Pequena Festa Alemã reúne ex-presidentes e autoridades que podem relembrar a história da entidade. Na abertura da solenidade, nesta manhã, ocorreu o descerramento da placa comemorativa aos 150 anos e os convidados prestigiaram a apresentação do grupo Amigo do Canto Alemão de Brusque, além de saborearam o tradicional prato de marreco com repolho roxo e uma cerveja feita especialmente para o sesquicentenário.

Emocionado, o presidente licenciado do clube, Ewaldo Ristow Filho, afirma que este é um momento importante na história de Brusque. Ele lembra que quem presenciou o início não imaginava que o clube iria para a frente e que hoje é referência no país. “É difícil descrever. A emoção vem do fundo do coração. Estou há mais de 50 anos aqui dentro, faz parte da minha vida. É minha segunda casa”, diz Ristow Filho, que ainda completa: “Estamos em constante inovação, cuidando do patrimônio, provendo a cultura e a tradição. Este é o exemplo de que o povo que não tem passado não tem história”.

O prefeito de Brusque, José Luiz Cunha, o Bóca, afirma que é motivo de orgulho para Brusque ter um clube que é referência nacional. “Viva o Caça e Tiro, viva Brusque”. O presidente da Câmara de Vereadores, Roberto Prudêncio Neto, diz que o evento é um marco histórico para a cidade. “É um clube que remonta às tradições dos colonizadores alemães. É um clube que sedia muitas festas e foi aqui que nasceu a nossa querida Fenarreco”.

Orgulho em fazer parte da história

Arno Kock, 88 anos, foi presidente do clube por dois mandatos, de 1978 a 1982. Ele recorda que contribuiu com a ampliação do espaço da entidade e promoveu o primeiro encontro de casais. “Me sinto honrado, fiz muitos amigos e poder ver o patrimônio que o clube tem hoje me enche de orgulho”.

Henning Jonk, 83, também foi presidente por dois mandatos – dos anos de 1970 a 1980 – e diz que em colaboração com a diretoria construiu a ala do restaurante e da cozinha do clube. “Fui convidado em 1962 a participar do Caça e Tiro e estou até hoje. É uma satisfação, pois se observarmos é o único clube pintado dentro e por fora, que consegue preservar seu patrimônio”.

Vilmar Walendowsky, o Negão, 64, também já presidiu o Caça e Tiro. Das principais recordações está a plantação das palmeiras, a colocação da cerca, a construção do pátio e a reforma do estande de tiros. “Participar dessa comemoração e ser abraçado por esse monte de gente é uma felicidade muito grande. Me sinto feliz por ter feito parte dessa história”.

Daniel Imhof também já esteve à frente do clube por um mandato – 2013 a 2014. Adequações quanto às normas de segurança foram algumas de suas contribuições. “Peguei uma fase de estruturação do clube, fruto do nosso esforço e dedicação em mantermos tudo funcionando”.

Uma dama entre os homens

Renate Kock Ohlweiler, 59 anos, é a única mulher atiradora do clube. Seu pai Kurt Alfredo Kock foi sua inspiração nos anos de 1980. Foi no Caça e Tiro que ela também conheceu o seu esposo – o também atirador Pedro Ohlweiler, gaúcho de Campo Bom que veio participar de uma competição em Brusque. “No começo havia muito preconceito, pois o esporte está muito relacionado ao homem. Mas eu dei uma de alemã teimosa e mantive essa tradição que o meu pai me ensinou”, conta.

Renate ainda diz que seu esposo lhe incentiva e que com ele aprendeu as primeiras instruções de tiro. A paixão pelo esporte é tamanha que hoje o filho Guilherme Ohlweiler, 27, também segue os passos da família. “É tudo de bom. É meu esporte, meu hobby. A cada medalha conquistada é uma alegria diferente, uma história diferente”. Renate já ganhou mais de 120 medalhas e 20 troféus.

Cerveja comemorativa

Para a celebração dos 150 anos o Caça e Tiro produziu uma cerveja própria – com apenas 500 rótulos. Fabricada pela Zehn Bier, a cerveja é tipo “larger” – de baixa fermentação e suave amargor, de puro malte, com coloração dourada e espuma duradoura. Além disso, foi confecionado selo alusivo à data, botons personalizados e canecos e copos.

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