Colombo afirma que, em seu governo, não haverá pedágio na rodovia Antônio Heil

Em entrevista na Casa d'Agronômica, Colombo rechaçou tarifa e afirmou desejo de se candidatar a Senador

Colombo afirma que, em seu governo, não haverá pedágio na rodovia Antônio Heil

Em entrevista na Casa d'Agronômica, Colombo rechaçou tarifa e afirmou desejo de se candidatar a Senador

No que depender do governador Raimundo Colombo, não haverá quaisquer cobrança de pedágio na rodovia Antônio Heil. Em entrevista na sua residência oficial, a Casa d’Agronômica, Colombo afirmou que, embora tenha cogitado estudos para a cobrança da tarifa em algumas rodovias estaduais, a ideia está totalmente descartada enquanto ele for o governador.

Para Colombo, implantar o pedágio seria dificultar ainda mais os problemas financeiros já agravados com a crise econômica no Brasil. “No meu período de governo, não haverá pedágio na Antônio Heil. Não é hora de aumentar os custos”, afirma.

Sobre o prazo de entrega da obra, o governador não soube precisar se a rodovia, que é duplicada desde agosto de 2013, será encerrada ainda no seu mandato. “Não fui mais acompanhar o andamento, mas gostaria que encerrasse o mais rápido possível. O dinheiro está em dia, há muitas máquinas nas estradas e frentes de trabalho, e deve seguir um bom fluxo nos próximos meses”.

Raimundo Colombo fala sobre a rodovia Antônio Heil

Barragem de Botuverá
Programada para estar pronta no fim de 2017, a barragem de Botuverá, no rio Itajaí-Mirim – que auxilia a conter cheias também em Brusque e Itajaí -, apenas recentemente teve desentraves importantes para que a obra, enfim, possa ter início.

O principal avanço foi no que se refere às licenças ambientais e acompanhamento da obra. Segundo Colombo, após cerca de dois anos de visitas a Brasília para convencer sobre a importância da barragem e obter os documentos necessários para o processo, o governo conseguiu delegar funções que seriam determinadas ao Ibama, órgão federal, para a Fatma, estadual.

“Penso em ser candidato ao Senado. Acredito que posso ser útil ao estado. Mas se tiver alguém em melhores condições eu também posso deixar de me candidatar e auxiliá-lo. O que quero é ajudar o estado a vencer”

O período de aprovação para o licenciamento ambiental se delongou porque as águas da barragem passarão por cerca de dois hectares do Parque Nacional Serra do Itajaí, mas segundo o governador, a situação foi solucionada. “Ali é um problema ambiental já superado. Mas para isso foram muitas as audiências em Brasília, em um trabalho de convencimento, provando o quanto a barragem é fundamental. A comunidade também ajudou ao ser favorável à obra”, diz.

Raimundo Colombo fala sobre a barragem de Botuverá

Candidato ao Senado e Operação Lava Jato
Respondendo a perguntas sobre seu futuro político – o mandato como governador encerra no fim de 2018 -, Colombo não escondeu a vontade de disputar o que seria sua 11ª eleição, pleiteando, mais uma vez, um cargo como parlamentar. “Penso em ser candidato ao Senado. Acredito que posso ser útil ao estado. Mas se tiver alguém em melhores condições eu também posso deixar de me candidatar e auxiliá-lo. O que quero é ajudar o estado a vencer”, diz. Se for confirmada a candidatura, o governador terá que renunciar em março de 2018.

Raimundo Colombo fala sobre possível candidatura ao Senado

No entanto, principalmente após a citação na Operação Lava Jato, Colombo acredita que sua popularidade no estado teve uma baixa e que a dificuldade em uma possível eleição será maior. “Sofremos muito com tudo o que aconteceu, mas agora com a quebra de sigilo vamos poder esclarecer com segurança todos estes fatos”, completa.

“O caso da JBS é estranho e não tem relação conosco. O que uma empresa que trabalha com linguiças iria querer com a Casan? Foi um período de dor e sofrimento, mas Deus não dá uma cruz mais pesada do que eu possa carregar”

Colombo voltou a se defender das afirmações de que estaria em esquemas com empresas envolvidas na operação. “Posso afiançar que o governo não vendeu nenhuma ação da Casan e a Odebrecht não tem obras em Santa Catarina [com o governo estadual]. O caso da JBS é estranho e não tem relação conosco. O que uma empresa que trabalha com linguiças iria querer com a Casan? Foi um período de dor e sofrimento, mas Deus não dá uma cruz mais pesada do que eu possa carregar”.

Raimundo Colombo fala sobre operação Lava Jato

Otimismo para o segundo semestre
Durante a conversa, Colombo apresentou os números da economia no estado no primeiro semestre. O ICMS e a receita tributária como um todo tiveram crescimento neste ano. Segundo dados do governo do estado, o setor têxtil tem o melhor desempenho e ajudou a alavancar esses números, com crescimento de 27% entre 20 de junho de 2016 e 20 de junho de 2017.

Para o segundo semestre, o governador crê em um momento ainda melhor na recuperação da economia. “Há sinais claros de uma retomada. Estive com o ministro (da Fazenda) Henrique Meirelles e ele afirma que de agosto para frente a atividade econômica melhora e será um bom período de recuperação de empregos. O ministro acredita que haverá um crescimento de cerca de 3% no último quadrimestre do ano em comparação com o mesmo período em 2016”, completa.

Para os municípios catarinenses, a principal aposta de investimento do estado está no Fundo de Apoio aos Municípios (Fundam), que será pago a partir de agosto. “Isso ajuda a gente a enfrentar o segundo semestre. Será um repasse mínimo de R$ 800 mil e máximo de R$ 4 milhões, levando em conta o apoio aos pequenos municípios mesmo. Os prefeitos terão o trabalho de elencar no que exatamente irão querer investir os valores”, diz.

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