Com equipe reduzida, ABGR luta por recuperação após 2020 de perdas e falta de calendário

Equipe brusquense de ginástica rítmica conta com seis ginastas e espera ano com competições presenciais

Com equipe reduzida, ABGR luta por recuperação após 2020 de perdas e falta de calendário

Equipe brusquense de ginástica rítmica conta com seis ginastas e espera ano com competições presenciais

A Associação Brusquense de Ginástica Rítmica (ABGR) inicia 2021 na esperança de um ano competitivo que seja melhor do que 2020, e sequer precisa de muito para que isto aconteça: basta que competições voltem a ser realizadas de maneira presencial, com o calendário retornando a algo próximo da normalidade. No ano anterior, o time sofreu com as suspensões dos treinos presenciais e com a perda de Ana Paula Scheffer, que era a responsável pela montagem das coreografias e faleceu em outubro.

Muitas atletas acabaram deixando a equipe. Atualmente, há apenas seis ginastas, das quais duas estiveram treinando assiduamente, mesmo online durante boa parte do ano. A falta de competições presenciais e de perspectivas deixou muitas das atletas, que sequer chegaram aos 15 anos, desmotivadas para seguir adiante. “Os treinos presenciais voltaram em novembro. Treinar em casa, na frente de um celular, toda a tarde, sem um objetivo imediato, é difícil”, comenta o técnico Thiago Coelho.

O retorno da ABGR aos treinos presenciais se deveu muito ao fato de Nicolly Crepas Domingos ter sido convocada para o estágio da seleção brasileira Juvenil em Aracaju, no final de 2020. Ela treinou normalmente por três semanas, em uma preparação que foi decisiva para que ela fosse chamada novamente, agora na preparação para o Campeonato Pan-Americano na Cidade da Guatemala.

Tentando encontrar algum lado positivo nesta redução, é fato que os treinamentos realizados no Pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof têm rendido mais e melhor. De qualquer forma, assim que houver condições decentes, a ideia é que as escolinhas sejam retomadas para iniciar um novo ciclo de formação de ginastas. Tudo depende do andamento da pandemia ou da possibilidade de treinar em outro local.

A expectativa é de que seja possível disputar pelo menos os Joguinhos Abertos de Santa Catarina. A previsão é de que a etapa estadual seja realizada de 4 a 12 de setembro, em Videira, no Meio-Oeste. Os aparelhos da competição de ginástica rítmica serão bola e maças.

O ano de 2019 teve resultados abaixo do esperado. A ABGR teve atletas selecionadas para a disputa do Pan-Americano de clubes naquele ano, mas não pôde participar. A competição seria realizada em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, mas a instabilidade política pós-eleições presidenciais culminou em manifestações e no asilo político do presidente eleito, Evo Morales. No clima de insegurança que o país andino vivia, a ABGR acabou ficando de fora.

Assim, a equipe buscava uma recuperação com grandes conquistas em 2020, mas a pandemia frustrou os planos de todos. No ano passado, a ABGR também perdeu Ana Paula Scheffer, ex-ginasta da seleção brasileira, que faleceu após um mal súbito. Ela montava as coreografias da equipe em diferentes temporadas. Para 2021, Thiago Coelho será o único técnico, e também o coreógrafo. Além de Ana Paula, a búlgara Yordanka Zarkova já colaborou com a montagem dos conjuntos.

“Até pensamos em contratar a Yordanka novamente, mas imagina: os pais das ginastas investem, a gente traz ela, paga caro e não compete. [caso haja cancelamentos de competições por conta da pandemia]. Então, neste ano, eu montei as séries. O que a Ana montou no ano passado e pôde ser reaproveitado neste ano sem mudança de aparelhos a gente manteve.”

Financeiramente, a ABGR ainda tem dificuldades, e segue em processo de captação de recursos por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Até então, a Havan segue sendo a patrocinadora da equipe, o que permite que as atividades continuem.

“O projeto na Lei de Incentivo ao Esporte inclui em competições, montagem coreográfica, despesas deste tipo. Se não houver competições, não podemos usar o dinheiro. O projeto é voltado para isso. A intenção era usar a verba neste ano”, explica o treinador. Os campeonatos brasileiros de 2021 serão realizados em Belém e São Paulo, ainda precisando de confirmação.

O Bolsa-Técnico e Bolsa-Atleta são pagos pela Prefeitura de Brusque em 10 parcelas. Para fechar 12 parcelas em um ano, é necessário haver dinheiro em caixa. Como não houve em 2020, o caixa da ABGR acabou zerado e o técnico Thiago Coelho corre atrás de uma solução. Apesar de a Fundação Municipal de Esportes ter previsto o pagamento dos programas em 2021, o treinador, por conta da gravidade da pandemia, ainda tem dúvidas. O processo do Bolsa-Atleta só vai iniciar após o do Bolsa-Técnico.

Sem despesas em 2020, mensalidades não foram cobradas. A ABGR espera voltar a cobrar as mensalidades, mas quer que as atletas possam pagá-las a partir do momento em que comecem a receber a Bolsa-Atleta, algo fundamental para que as ginastas possam se manter no esporte.


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