Com virada e confusão, Brusque goleia Tubarão e vai à final da Copa Santa Catarina

Bambam marca três vezes, Ronan balança as redes pela primeira vez e quadricolor se classifica em grande jogo

Com virada e confusão, Brusque goleia Tubarão e vai à final da Copa Santa Catarina

Bambam marca três vezes, Ronan balança as redes pela primeira vez e quadricolor se classifica em grande jogo

Em um jogo histórico, o Brusque conquistou a vaga na final da Copa Santa Catarina, goleando o Tubarão por 4 a 1 no Augusto Bauer na tarde deste domingo, 10, após ter saído perdendo no primeiro tempo. Eliomar abriu o placar, mas os três gol de Bambam e o golpe de misericórdia de Ronan levaram o quadricolor adiante. A final contra o Marcílio Dias será a terceira consecutiva do Brusque na competição.

Blitz

O Brusque começou a partida fazendo uma verdadeira blitz para cima do Tubarão. Aos dois minutos, Zé Mateus cruzou, Bambam conseguiu cabecear de peixinho, Belliato fez ótima defesa e na sequência Marco Antônio bateu pro gol. Em lance que pareceu de escanteio, foi marcado o tiro de meta. Aos quatro, Marco Antônio cabeceou e Belliato esteve bem para salvar sua equipe.

O Tubarão só começou a causar perigo aos 15 minutos, quando Eliomar tabelou com Pedro Lucas, ficou cara a cara com Zé Carlos e finalizou. Mas o chute saiu fraco, e o goleiro quadricolor salvou com os pés.

Degringolando

Aos 22 minutos, após cruzamento na área do Tubarão, o quique da bola trai Paulinho e o Brusque pede pênalti com um toque de mão, não assinalado por Diego da Costa Cidral. Na sequência do lance, o Tubarão arma ataque pela esquerda. Após cruzamento, a zaga não consegue afastar a bola da área. Em vacilo grave, Eliomar recebeu de costas para o gol, girou e bateu pro gol. A bola foi fraca, mas bem colocada. Zé Carlos se esticou, mas a bola morreu na rede de seu canto direito.

O Brusque sentiu o gol sofrido, e perdeu eficiência no ataque. Errava as decisões dentro de campo, e o Tubarão mordia na marcação. Em um jogo muito pegado, equívocos e falta de pulso do árbitro irritaram as duas equipes. Para piorar, um torcedor arremessou um objeto na direção do técnico Pingo, cansando uma pequena confusão enquanto a bola rolava. Ele foi identificado e retirado do estádio.

Reação

O Tubarão começou o segundo tempo criando perigo. No primeiro minuto, Pedro Lucas recebeu dentro da área o passe de Eliomar, bateu forte e Zé Carlos salvou com ótima defesa.

Mas o gol foi brusquense, aos cinco: em escanteio cobrado por Zé Mateus, Bambam subiu livre, parou no ar e cabeceou no canto direito de Belliato, estufando as redes e dando a esperança necessária. O gol reabilitou o até então abatido Brusque rumo a uma virada cinematográfica.

Aos 12, Robert criou perigo com belo chute de fora da área, forçando Belliato a fazer ótima defesa. O Brusque seguiu na luta até fazer com que o goleiro adversário, que tinha excelente atuação, falhasse. Aos 16, em boa jogada com Robert e Marco Antônio, Gama bateu pro gol, Belliato bateu roupa e Bambam estufou as redes, como centroavante. A virada estava feita, mas o placar só levaria o jogo aos pênaltis.

A resposta do Tubarão foi feita dois minutos depois. Tubarão cobra falta rápido, a zaga brusquense vacilou, Edinho passou para Pedro Lucas. O camisa 11, na entrada da pequena área, escorregou e bateu torto para fora.

O bambambam

Aos 25 minutos, Rodolfo Potiguar cobrou bem uma falta na entrada da área e obrigou Belliato a mandar pra escanteio em grande defesa. Com a bola alçada na área ainda no ar, Diego da Costa Cidral marcou pênalti. Bambam deslocou o goleiro e correu para o abraço. O resultado colocava o quadricolor na final, e o gol deixou o camisa 9 empatado com Moisés na artilharia da competição: são oito para cada.

Tumulto e gritaria

Enquanto Cleyton deixava o campo lesionado para dar lugar a Neguete, aos 33, um tumulto com o banco de reservas do Tubarão resultou em quase 10 minutos de empurra-empurra e bate-boca. No meio da confusão, o fato de que Pedro Lucas não havia cedido a bola ao Brusque em ação de fair-play.

O saldo: quatro expulsões. O já substituído Cleyton e o médico do Brusque, André Karnikowski; e do lado do Tubarão, o zagueiro Yuri, já substituído, o lateral Bartell, que estava no banco.

Golpe de misericórdia

Segundos após ter entrado no lugar de Robert, aos 47, Ronan recebeu bom passe em profundidade, invadiu a grande área e só tocou com categoria na saída de Belliato. O seu primeiro gol com a camisa do Brusque foi definitivo, para colocar a equipe de vez na final da Copa SC contra o Marcílio Dias. Os 10 minutos restantes não tiveram nada além de gritos de “olé” da torcida – que esteve em presença recorde do time na Copa SC, 1.543 – e esforços nulos dos visitantes para tentar tirar um coelho que jamais teve a intenção de sair da cartola.


Brusque 4×1 Tubarão
Copa Santa Catarina
Semifinal – volta
Domingo, 10 de novembro de 2019
Estádio Augusto Bauer
Público: 1.543
Renda: R$ 23.335

Brusque: Zé Carlos; Zé Mateus, Ianson, Cleyton (Neguete 32′-2ºt), Aírton; Gama, Rodolfo Potiguar; Robert (Ronan 45′-2ºt), Thiago Alagoano, Marco Antônio; Bambam (Everton Alemão 42′-2ºt).
Técnico: Jersinho Testoni

Tubarão: Júnior Belliato; Paulinho, Marcelo Xavier, Yuri (Gabriel Carioca 10′-2ºt), Nikolas Farias; Davi Lopes (Silva 16′-2ºt), Parrudo; Eliomar, Edinho, Daniel Costa (Diordi 30-2ºt); Pedro Lucas.
Técnico: Pingo

Trio de arbitragem: Diego da Costa Cidral (Joinville), auxiliado por Diogo Berndt (Joinville) e Antônio Lourival da Luz (Joinville).

Gols: Bambam (5′-2ºt, 16′-2ºt e 29′-2ºt) e Ronan (47′-2ºt); Eliomar (23′-1ºt).

Cartões amarelos: Neguete, Aírton e Bambam; Daniel Costa, Davi Lopes e Silva.

Cartões vermelhos: Cleyton e André Karnikowski (médico-BRU); Yuri e Bartell.

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