Comissão discute falta de plantão pediátrico

Encontro reuniu vereadores, representantes dos hospitais e secretaria de saúde na tarde desta quarta-feira, 22

Comissão discute falta de plantão pediátrico

Encontro reuniu vereadores, representantes dos hospitais e secretaria de saúde na tarde desta quarta-feira, 22

A comissão especial da Câmara formada pelos vereadores Alessandro Simas, Felipe Belotto, Celso Emydio da Silva, André Rezini e Célio de Souza para discutir a falta de plantão pediátrico no município, se reuniu na tarde de ontem com representantes dos hospitais Azambuja, Dom Joaquim, Evangélico e Secretaria de Saúde para tratar sobre o tema e tentar encontrar soluções para o problema.

Desde o dia 1º de agosto, o Hospital e Maternidade Evangélico (HEM) não conta mais com o atendimento pediátrico no plantão. De acordo com a gestora da unidade, Ilse Barboza, a decisão se deve ao fato de não ter profissionais disponíveis no mercado. “Conseguimos segurar uma equipe por dois anos e meio, mas chegou um momento que não deu mais. Optamos por não ter mais o serviço do que ter com problemas”, diz.

Com o fechamento do plantão pediátrico do hospital, muitos pais foram pegos de surpresa e reivindicam uma solução, por isso, a comissão foi formada para entender o problema enfrentado pelos hospitais do município sobre o assunto. “Hoje, está faltando mão de obra. A pediatria é uma área muito carente”, diz.

Assim como o HEM, o hospital Dom Joaquim também passou pelo mesmo processo. “Há dois anos tivemos que suspender o nosso plantão pediátrico porque não estávamos conseguindo profissionais. Tínhamos uma ala exclusiva para a pediatria e tivemos que tranformar em leito adulto por causa disso”, conta a enfermeira Vera Lúcia Civinski.

O administrador do Hospital Azambuja, Fabiano Amorim, afirma que na unidade há oito médicos de plantão 24 horas, e, entre eles um é pediatra. No entanto, é o clínico geral que faz o atendimento inicial, inclusive para as crianças. “90% das crianças que passam pelo nosso hospital não precisam de atendimento de pediatra. Nos casos graves, o clínico geral encaminha para a internação e a partir deste momento a criança fica sob os cuidados do nosso pediatra”.

A secretária de Saúde, Ana Ludvig, destaca que pelo Sistema Único de Saúde (SUS), Brusque conta com três pediatras que realizam apenas consultas. “Não temos fila de espera pelo SUS para as consultas. O atendimento é feito na unidade de saúde pelo clínico geral e se o quadro for grave, ele encaminha para o pediatra, e havendo emergência, a consulta pode ser marcada para o mesmo dia”, diz.
Soluções

Ana ressalta que a falta de profissionais dificulta a solução para o problema em curto prazo. “Tínhamos uma parcela que estava acostumada com o plantão na maternidade, e é essa parcela da população que está sentindo a ausência desse serviço. Para manter plantão em qualquer hospital é preciso que a unidade tenha, no mínimo, seis profissionais, e todos sabem dessa dificuldade”.

Entre as soluções para o problema no município, os Hospitais Azambuja e Dom Joaquim se comprometeram a manter o atendimento como está. Já o HEM tem planos para o futuro. “Estamos com um projeto bem no início para implantarmos um ambulatório no hospital, que deve suprir um pouco a demanda dos consultórios que também estão sobrecarregados, mas essa é uma possibilidade em estudo, para o futuro”.

A secretária de Saúde destaca que vai auxiliar na busca de profissionais para o município. “Vamos continuar com as consultas eletivas pediátricas e o que podemos fazer é ajudar na captação de novos profissionais através de concurso”.

Para o presidente da comissão, vereador Alessandro Simas, a reunião foi importante para entender melhor o problema. “Conseguimos nos inteirar do assunto e ver a dificuldade que os hospitais e a secretaria passam com a falta de profissionais nesta área. Vamos ajudar a sensibilizar a população quanto a isso”.

 

 

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