Comuns na década passada, poucas lan houses ainda funcionam em Brusque

Popularização dos computadores e smartphones obrigam empresas a buscarem nichos para sobreviver

Comuns na década passada, poucas lan houses ainda funcionam em Brusque

Popularização dos computadores e smartphones obrigam empresas a buscarem nichos para sobreviver

As lan houses se proliferavam por todas as cidades nos anos 2000, quando os computadores de mesa e notebooks ainda não eram populares. No entanto, nos dias atuais, são raros os estabelecimentos que ainda funcionam. Os que existem buscam nichos para atrair público.

As empresas eram populares principalmente entre a garotada que queria jogar. Nessa época, contam empresários do ramo, o negócio ia de vento em popa.

Reinaldo Duarte, proprietário da Simtonet Informática, no bairro Águas Claras, conta que até quatro ou cinco anos atrás o cenário era bem diferente. Às vezes, o faturamento entre 18h e 22h era maior do que o de todo o resto do dia.

No entanto, isso mudou. “Desde o fim de 2016, a lan house fecha às 18h, junto com a loja”, afirma Duarte. Segundo ele, o faturamento não compensa o pagamento de um funcionário após as 18h.

Pessoas do ramo dizem que os smartphones são os responsáveis pela redução drástica no movimento. Até 2010, ainda era comum que jovens e adultos fossem aos estabelecimentos para ficar nas redes sociais. Hoje, isso é coisa rara porque o celular e a internet móvel já possibilitam o acesso fácil.

Nichos
Hoje, as lan houses sobrevivem atendendo nichos e com diversificação. A Simtonet também trabalha com manutenção de computadores, troca de cartuchos e outros serviços.

A RG Informática, no bairro Steffen, é outro estabelecimento que trabalha com manutenção de computadores e tem o serviço de lan house apenas como um extra. O proprietário da empresa, André Martins, diz que possui poucas máquinas, que são usadas principalmente por gente que precisa imprimir documentos e boletos.

A RG e a Simtonet são exemplos de lan houses nos quais a maior parte da clientela busca serviços. “O pessoal também procura muito para fazer currículo e imprimir, para distribuir nas empresas”, afirma Martins.

Uma das lan houses mais conhecidas da cidade é a Hadouken Game Center, no Centro, perto da ponte estaiada Irineu Bornhausen. O estabelecimento é voltado para jogos.

“O nosso maior público é o gamer [jogador], somos especializados em games”, afirma o proprietário, Marlon Pereira. Segundo ele, a clientela vai dos 14 aos 35 anos de idade.

De acordo com Pereira, há uma pequena parte da freguesia formada por gente mais velha que vai ao local para imprimir boletos e documentos. Esse público que busca serviços geralmente aparece pela manhã, enquanto que à tarde frequentam mais os jogadores.

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