Comupa permite demolição de parte do Casarão Schaefer, em Brusque

Proprietário ainda não respondeu se aceita a proposta ou vai entrar na Justiça

Comupa permite demolição de parte do Casarão Schaefer, em Brusque

Proprietário ainda não respondeu se aceita a proposta ou vai entrar na Justiça

O Conselho Municipal de Patrimônio Histórico (Comupa) emitiu novo parecer sobre a situação do Casarão Schaefer, no Centro de Brusque. Além disso, o processo do Hotel Schneider teve andamento e a residência Mafra, na Hercílio Luz, foi demolida, nos últimos meses.

No caso do Casarão Schaefer, que fica na rua Conselheiro Rui Barbosa, o parecer do conselho reforça o pedido de reconstrução da fachada original. Parte dela foi destruída em um desabamento em 2016, durante obra de reforma.

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“O Comupa pediu que seja reconstruída a fachada até a cumeeira [“ponta” da fachada], nos moldes da original, e liberou a limpeza dos escombros e da parte de trás”, explica o presidente Eduardo Tomazoni.

O Comupa entende que o imóvel é relevante para a preservação histórica de Brusque, por isso a deliberação foi no sentido de, pelo menos, manter a parte da frente do antigo casarão.

Tomazoni explica que o proprietário do imóvel havia pedido para demolir por completo o prédio em ruínas. Contudo, o Comupa fez a contraproposta final.

Se o proprietário não quiser reconstruir a fachada, terá de apelar à Justiça para reverter a decisão, explica Tomazoni. 

O presidente do Comupa acrescenta que o dono do imóvel também terá direito a  benefícios previstos na lei, caso aceite a proposta do conselho. Por exemplo, isenção do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU).

Outro ponto é a questão do recuo. Quando o antigo prédio foi erguido, era permitido construir perto da rua, mas hoje em dia é preciso manter uma distância mínima.

Tomazoni diz que, se o proprietário mantiver a fachada, automaticamente terá um ganho de espaço, já que ela está “em cima da rua”.

Os responsáveis pelo processo do Casarão Schaefer ainda não responderam ao Comupa se aceitam a contraproposta.

Hotel Schneider

Além do casarão, só há mais um processo em trâmite no Comupa: o do Hotel Schneider, também na rua Conselheiro Rui Barbosa. Tomazoni diz que a situação é semelhante a do Schaefer, já que o antigo estabelecimento também está cercado por problemas estruturais.

Os herdeiros do imóvel do hotel vivem no interior do estado de São Paulo. A informação que o Comupa tem é que eles não têm interesse em mantê-lo, por isso querem derrubar o prédio e negociar o terreno.

O conselho de patrimônio não concorda com a demolição. Os herdeiros fizeram um levantamento completo sobre o imóvel e reenviaram ao Comupa, no qual reiteram o pedido de autorização para a derrubada.

O Comupa ainda não deliberou sobre o assunto. Entretanto, Eduardo Tomazoni diz que a tendência é que o parecer seja semelhante ao dado no caso do Casarão Schefer, ou seja, manter uma parte ou alguns itens e destruir o resto, até porque existe uma questão de segurança.

O hotel está cercado por tapumes por orientação da Defesa Civil, que vistoriou o imóvel. Tomazoni afirma que na parte de trás também há problemas.

Residência Madra

A residência Mafra, na rua Hercílio Luz, Centro, já não existe mais. Conforme O Município informou em abril, o Comupa havia autorizado a demolição no fim de 2018.

O imóvel foi destruído porque havia risco aos pedestre e às residências do entorno. O laudo da Defesa Civil constatou diversos problemas.

O conselho também deliberou que seria necessário fazer o inventário e catalogação da casa.

Novo Catálogo do Patrimônio Histórico terá parceria de instituições

O Cumupa contará com o auxílio da Unifebe, o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) – Núcleo de Brusque e o Clube de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Brusque (Ceab) para o trabalho de construção do novo Catálogo de Patrimônio Histórico de Brusque.

Tomazoni explica que a ideia é que com essas instituições os trabalhos ganhem mais ritmo. O objetivo é criar um esboço do projeto do novo catálogo, que incluirá não só edificações, mas também questões culturais e tradições do município.

O documento deverá conter também os custos. A elaboração do catálogo exige levantamentos minuciosos, que exigem a contratação de profissionais especializados.

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