Confira número de filiados dos partidos em Brusque após as eleições presidenciais

Partido Novo obteve maior aumento percentual no município

Confira número de filiados dos partidos em Brusque após as eleições presidenciais

Partido Novo obteve maior aumento percentual no município

A lista de filiados a partidos políticos atualizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em maio não trouxe muitas surpresas sobre Brusque. Os grandes partidos continuam a ser os mesmos, mas o Novo registrou o maior crescimento.

O número total de filiados a partidos em Brusque cresceu de 11.088 em maio de 2018 para 11.190 em maio deste ano. O crescimento é de menos de 1%, ou seja, irrisório, apesar das eleições polarizadas do ano passado.

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Os números trazem alguns destaques, como o crescimento do Novo. O partido, que tem raízes em Brusque, viu seu quadro de filiados saltar de 17 em maio do ano passado para 77 no mesmo mês deste ano. Aumento de 352,9%.

O presidente do Novo em Brusque, Alcir Otto, diz que a sigla tem um trabalho de base, com reuniões periódicas. Segundo ele, a legenda já conta com mais de 90 pessoas em seus quadros na cidade, mas a lista do TSE não está totalmente atualizada.

Otto acredita que o Novo tem potencial em Brusque. “O Novo acredita no crescimento, Santa Catarina é um estado que tem a cara do partido”, declara o presidente.

Ao mesmo tempo que o Novo, um partido do campo de direita, aumentou de tamanho no âmbito municipal, o Partido Social Liberal (PSL), do presidente Jair Bolsonaro, não viu sua base crescer oficialmente nos dados do TSE.

O motivo é que o diretório municipal do PSL ainda não foi formalizado na Justiça Eleitoral. No sistema do TSE, a sigla brusquense aparece como “não vigente – suspenso por falta de prestação de contas”.

De acordo com o tribunal, a vigência do órgão provisório do PSL em Brusque terminou em dezembro de 2018. Agora, o diretório municipal tem de se regularizar para poder filiar mais pessoas e capitalizar a força que a legenda de Bolsonaro possui.

Atualmente, a presidência do partido em Brusque está em transição. Um empresário deve assumir com o objetivo de protocolar a nova executiva e começar o trabalho de captação de filiados.

Essa situação explica os baixos números do PSL local. Segundo o TSE, há, apenas, 112 inscritos nos quadros do partido. Em comparação com outros, é pequeno no âmbito municipal.

Mudança na esquerda
Principal partido do campo progressista, o Partido dos Trabalhadores perdeu 19 filiados de maio de 2018 para este ano. Se for comparado com o mesmo mês de 2017, a redução é ainda maior: de 655 para 628.

Cedenir Simon, presidente municipal do PT, explica que, na verdade, a legenda cresceu. Segundo ele, foram feitas mais de 50 filiações neste ano, mas a sigla optou por enviar ao TSE a lista nova só no fim deste ano, não em abril/maio.

“O PT é o único partido de Brusque com atividade partidária permanente, com reuniões mensais”, diz o petista. Ele acrescenta que a base do partido é sólida e sempre se manteve em torno de 600 pessoas antes e depois do governo Paulo Eccel, o que, na avaliação dele, mostra uma militância coesa, sem inchaço falso.

Simon diz que o PT já tem a chapa de 23 nomes para concorrer à Câmara de Vereadores. Mas o trabalho de captação de lideranças comunitárias continua.

Enquanto o PT encolheu, pelo menos oficialmente, o PSOL cresceu. Em 2018, tinha 28 filiados e em maio deste ano são 37. O acréscimo é mais expressivo em comparação a 2017: de 20 para 37.

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Álisson Castro, presidente do PSOL local, não acredita que tenha havido uma migração de pessoas do PT para o seu partido. “São pessoas da esquerda, mas algo não as motivava a se filiar. Agora, se identificaram com o PSOL”.

Castro cita que, embora muitos chamem o partido de “puxadinho do PT”, o PSOL foi criado por deputados petistas expulsos da legenda por se opor à reforma da Previdência feita por Lula em 2003.

Ele afirma também que o PSOL sempre foi oposição a Lula e Dilma. Só votou com o PT no caso do impeachment da ex-presidente.

Para ele, o PSOL tem ganhado mais notoriedade por sua bancada na Câmara dos Deputados, formada por dez parlamentares.

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