Conheça brusquenses que vão correr a São Silvestre no último dia de 2019
Dezenas de atletas amadores, experientes, e novatos se preparam para a corrida mais famosa da América do Sul
Dezenas de atletas amadores, experientes, e novatos se preparam para a corrida mais famosa da América do Sul
A Corrida Internacional de São Silvestre chega à sua 95ª edição em 2019, em uma tradição quase centenária do atletismo brasileiro e da temporada de festas de fim de ano, e terá participações brusquense. Dezenas de atletas do município darão a largada na manhã de 31 de dezembro, participando em grupos e de forma independente.
Elizete Félix é corretora e corredora. Quando não atua no ramo imobiliário, costuma aproveitar seu hobby, que é correr e disputar competições da modalidade. Entre as conquistas, já venceu provas do Circuito O Município 65 anos, e vai participar da São Silvestre pela terceira vez.
“Estamos indo em 11 pessoas, no Grupo de Corridas do Bay. Vamos todos juntos e voltamos juntos. Estamos treinando juntos também, esperamos que os próximos dias sejam de sol, porque queremos simular a prova no mesmo horário e com o calor”, relata.
O objetivo é concluir os 15 quilômetros em 1h10 ou 1h12. Para a atleta, uma das principais dificuldades é se desgarrar das mais de 35 mil pessoas e poder, de fato, correr. Outra está no final, na avenida Brigadeiro Luís Antônio. “É uma subida de 2 quilômetros, devo passar por lá próximo das 9h30. Será muito difícil. Quando eu chegar, vou sentir o clima e montar a estratégia de forma mais definitiva.”
A brusquense tem uma relação especial com a São Silvestre. Em sua primeira participação, em 1998, a corrida serviu para fechar com estilo um ano marcante em sua vida. “Eu havia ido a Aparecida para agradecer por um fato muito importante que havia acontecido na minha vida naquele ano, e emendei para correr a São Silvestre, que era um pedido meu.” Foi a primeira véspera de seu aniversário na qual participou da tradicional corrida. Ela voltou 14 anos depois, em 2012, para sua segunda participação.
Aguardando o 53º aniversário no primeiro dia do ano, Elizete chega a São Paulo com família e amigos em 29 de dezembro, para buscar o kit de corrida evitando imprevistos e aproveitar um pouco da maior cidade do Brasil.
“A energia é muito grande, é muito emocionante. Quando se chega lá, é uma sensação de gratidão. Queremos estar lá no mesmo bloco, estar juntos.”
O Grupo do Bay tem atletas que disputam provas de cinco a 42 quilômetros. O organizador, José Armando Vásquez Soto, o Bay, explica que já houve edições da São Silvestre com a participação de até 28 pessoas no grupo.
“Alguns vão para completar a prova, é o objetivo principal. Fazemos um treinamento específico para a prova, com trechos de subida, tentando correr em momentos de calor. São todos atletas amadores, e a prova tem cerca de 35 mil pessoas, é preciso se desprender do pelotão, é difícil correr de tanta gente. Vou correr também, e quero me sentir bem.”
O contador e administrador da ZM, Carlos Roberto Bonamenti, pratica corridas há três anos e também vai participar. Acostumado a correr entre 5 e 7 km, a ideia é participar da São Silvestre pela festa, e tentar completar a prova, nem que seja andando por boa parte do tempo. Ele faz parte do grupo R. Dias, do instrutor Ramiro Dias. Cerca de 80 pessoas participam, e mais de 20 deverão embarcar rumo a São Paulo.
“Começou com um grupo de amigos, que depois passou a ser assessorado pelo Ramiro Dias. Fizemos uma camisa específica só para esta São Silvestre. Algumas pessoas das que vão neste ano já participaram da São Silvestre, outras não. Eu não estou correndo por resultados, corro mais pela qualidade de vida. Por faixa etária, talvez eu pudesse disputar no topo, mas não vou.”
A maior parte do grupo retorna em 2 de janeiro, com reservas no mesmo hotel. “Fomos com esta intenção do Ano Novo também. Nós somos muito família, sempre tem um cafezinho, uma água, frutas, antes e depois das corridas, o pessoal se gosta, e a maioria vai para participar. Às vezes a gente passa estas datas no fim de ano na mesmice, e é bom ter estas experiências diferentes.”
O barbeiro Adriano Fidélis, de 32 anos, vai correr a São Silvestre de forma independente, e vem participando há três anos. Ele costuma competir em provas de 5, 10 e 21 km. Os treinos são realizados percorrendo trechos de cinco e 10 km. “Quero fazer a prova no melhor tempo possível. Chego em São Paulo no dia 29, e saio no dia 31. No dia 30, pego o kit da prova e faço os preparativos finais”, comenta.