Novo aumento do gás de cozinha prejudica pequenos negócios de Brusque

Petrobras muda política de preços e distribuidoras já vendem botijão a até R$ 68

Novo aumento do gás de cozinha prejudica pequenos negócios de Brusque

Petrobras muda política de preços e distribuidoras já vendem botijão a até R$ 68

O gás de cozinha de uso residencial, envasado em botijões de até 13 quilos (GLP P-13), sofreu novo reajuste no valor no início deste mês. O aumento divulgado pela Petrobras foi, em média, de 6,9%, nas distribuidoras. A partir de agora, o GLP será corrigido a partir do dia 5 de cada mês.

Quem precisou comprar o botijão em Brusque nas últimas duas semanas já sentiu no bolso o reajuste, que passou, em média, de R$ 65 para R$ 68 com entrega em casa. Na distribuidora, o preço é menor.

O sócio-proprietário da Marmitas Comida Caseira, Emanuel Francisco Pedroso, explica que como compra em quantidade, paga um valor abaixo do praticado no mercado. Por semana, Pedroso precisa adquirir dois botijões de 13 quilos, e nesta semana já sentiu o aumento. “Estava pagando de R$ 48 a R$ 49, mas nesta semana já paguei R$ 52”, revela.

Devido ao reajuste no gás de cozinha, o empresário acredita que deverá repassar o aumento para o produto final. “O lucro que temos já é bastante baixo, e pelo que conversei com o distribuidor, ele informou que a tendência é que o gás sofra um aumento mensal até o fim do ano”, diz.

A doceira Jaqueline Kohler Hodecker, já pensa em como driblar o aumento. Ela faz doces e salgados em casa e utiliza, por mês, uma média de quatro botijões, pelos quais paga entre R$ 50 e R$ 54. “Ainda não comprei depois desse reajuste, mas já percebi que durante o ano houve mais aumentos e isso prejudica o trabalho”, comenta.

Jaqueline já precisou repassar o aumento da inflação e ouviu reclamações dos clientes. “Eles reclamam, mas preciso colocar na ponta do lápis todos os custos que tenho. Agora, vou tentar manter um pouco, mas se perceber que foi um aumento significativo, vou ter que pensar em repassar também”.

Em parceria com o cunhado que possui um mercado, Percival José Batista, 26, compra de cinco a seis botijões por mês. Ele faz salgados para festas e, como compra em quantidade, paga R$ 60 por botijão.

“É bastante complicado esses aumentos, mas acredito que conseguirei manter o mesmo valor, pelo menos por um tempo”, analisa.

A proprietária da lanchonete Sabor & Amor, Adriana Lucia dos Santos Beserra, já percebeu pelo menos dois reajustes neste ano. “Prejudica bastante para a gente, pois mesmo que seja pouco, no fim do mês fica pesado para o bolso”.

A última vez que Adriana comprou gás foi uma semana antes do reajuste, por isso, ainda não percebeu o aumento. “Utilizo um por semana e, como compro em quantidade, pago R$ 55. Agora terei que ver como ficará com o aumento”, diz.

Repasse integral
Caso o repasse seja feito de forma integral pelas distribuidoras e revendedoras ao consumidor, o preço do botijão fica, em média, 2,2% mais caro, ou cerca de R$ 1,29. O valor depende da manutenção das margens de distribuição e de revenda e das alíquotas de tributos.

Segundo a Petrobras, “a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados e que as revisões feitas nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor”, informa. A companhia ressalta que o último reajuste ocorreu em 5 de julho deste ano e que a alteração atual não se aplica ao GLP destinado a uso industrial ou comercial.

Desde junho, a Petrobras aplica a nova política de preço para gás de cozinha, que passou a ser calculado pela média mensal das cotações do butano e do propano no mercado europeu.

Os valores são convertidos em reais pela média diária das cotações da venda do dólar, acrescida de uma margem fixa de 5%. A vigência dos preços é aplicada a partir do dia 5 de cada mês.

 

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