Covid-19: como funciona a transferência de pacientes da UTI para outras cidades

Nenhum paciente de Brusque, Botuverá ou Guabiruba precisou ser transferido para outra cidade

Covid-19: como funciona a transferência de pacientes da UTI para outras cidades

Nenhum paciente de Brusque, Botuverá ou Guabiruba precisou ser transferido para outra cidade

Com o agravamento da pandemia da Covid-19 e a alta demanda por leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), tem se falado muito sobre a transferência de pacientes para outras cidades. Neste ano, nenhum paciente de Brusque, Guabiruba ou Botuverá precisou ser transferido para hospitais de outros municípios.

Brusque tem 22 pacientes internados na UTI, segundo boletim desta terça-feira, 2. Ainda há 36 pacientes internados em enfermaria. Até nesta segunda-feira, 1º, o Hospital Azambuja estava com todos os leitos de UTI ocupados.

Como ocorre a transferência

O secretário de Saúde de Brusque, Osvaldo Quirino de Souza, explica que quando um paciente precisa de transferência, ele é cadastrado no Sistema Nacional de Regulação (Sisreg) e o estado busca uma vaga nos hospitais mais próximos. Caso não encontre uma vaga na UTI mais próxima, a busca é ampliada para outros hospitais do país.

“Temos o sistema Vaga Zero em que os hospitais não devem ficar com as UTIs desocupadas, então eles recebem pacientes de outros locais para utilizar [o espaço]”, explica.

Após o sistema detectar a vaga, o médico responsável pelo paciente é informado e entra em contato com o médico da unidade hospitalar que receberá o paciente. “Depois da unidade estar ciente sobre a situação do paciente, é contatado o Samu. Com uma ambulância eles levam o paciente”, afirma.

UTI em Brusque

Ao todo, a ala inicial para Covid-19 do Hospital Azambuja tem dez vagas, além de uma instalação da UTI, onde também funciona o pronto-socorro, com mais 12 vagas destinadas apenas para pacientes infectados com coronavírus.

“Para UTI agora não temos vaga e não podemos aceitar pacientes de outros locais. Existem pacientes que estão no respirador e outros que podem ser intubados. O fluxo é muito dinâmico, varia muito entre 12 horas e 24 horas, pois o quadro muda”.

Ele frisa ainda que 80% dos óbitos em decorrência da Covid-19 são de pacientes que passaram pela UTI em algum momento. “Quando o paciente é admitido na UTI, o mínimo de permanência é de 20 dias. Uma vez que ele foi intubado, ele se torna um paciente grave”.

O secretário afirma que os profissionais da saúde tentam tratar o paciente e dar assistência de todas as formas possíveis antes de encaminhá-lo para intubação. Segundo Souza, a permanência do paciente na UTI é considerada longa, mesmo ele falecendo posteriormente.

Situação em Guabiruba

De acordo com a secretária de Saúde de Guabiruba, Amanda Kormann, nenhum paciente do município precisou ser transferido para outras cidades. Além disso, ela não tem conhecimento de que há pacientes aguardando por um leito.

Guabiruba tem três pessoas internadas na UTI e outras sete na enfermaria, segundo o boletim epidemiológico desta terça-feira.

Paciente de Botuverá

Conforme dados da Secretaria de Saúde de Botuverá, a cidade tem um paciente internado na UTI no momento. Ele está hospitalizado no Imigrantes Hospital e Maternidade.

No entanto, a secretária de Saúde, Márcia Adriana Cansian explica que 95% dos pacientes que precisam de UTI são levados para o Hospital Azambuja, sendo este o único que está em leito privado.

Desde o início da pandemia, o número máximo de pacientes de Botuverá internados na UTI foi de 3 pessoas.

Ela também ressalta que até o momento nenhum paciente precisou ser transferido para outras cidades. Além disso, nenhum morador de Botuverá aguarda uma vaga na UTI.

Na avaliação de Márcia, mesmo sendo uma cidade pequena, a Secretaria desenvolve um trabalho que tem gerado resultados.

“Nosso Centro de Triagem atende de segunda a sexta-feira, além das três unidades básicas de saúde. O local foi criado em agosto do ano passado, então tenho pacientes que ficam em observação diariamente quando precisam, então o número de internações acaba diminuindo por esse olhar de profissionais voltados só para isso”, declara.

Ela também destaca que desde o início da pandemia, em março de 2020, os primeiros registros de óbitos em Botuverá ocorreram no início de 2021. “Passamos 2020 sem nenhum óbito, mas em contrapartida, neste início de ano, já tivemos cinco óbitos. Esse é um momento bem atípico e diferente de 2020”, pontua.

*Colaborou Brenda Pereira


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