Covid-19: SC autoriza mudança no intervalo da aplicação Pfizer

Antes eram necessárias 12 semanas para receber a segunda dose

Covid-19: SC autoriza mudança no intervalo da aplicação Pfizer

Antes eram necessárias 12 semanas para receber a segunda dose

A Comissão Intergestores Bipartite (CIB) de Santa Catarina aprovou na tarde desta quinta-feira, 16, a antecipação do intervalo entre doses da Pfizer. Antes eram necessárias 12 semanas para receber a segunda dose, agora serão apenas oito semanas. Com isso, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) deve distribuir mais de 303 mil doses desta farmacêutica nas próximas duas semanas para fazer o adiantamento de quem recebeu Pfizer nos meses anteriores.

A aprovação ocorreu após muita discussão. Isso porque a imunização dos adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades e não privados de liberdade foi suspensa pelo Ministério da Saúde e este grupo só pode receber dose desta farmacêutica. A suspensão seria motivada, entre outras razões, pela necessidade de garantir a D2 aos adultos que já receberam o imunizante como D1.

A posição do ministério neste momento é de avançar com a D2, encurtando o intervalo, e deixar os adolescentes para depois. O pano de fundo da disputa é a falta de doses disponíveis.

Em Santa Catarina, os gestores temem que o adiantamento do intervalo provoque falta de dose para adolescentes e reiteraram a falta de garantias de entrega pelo Ministério da Saúde. Mesmo assim, a alteração foi aprovada. Nesta quinta-feira, o estado recebeu 174.330 doses da Pfizer. O ministério “carimbou” todas elas para aplicação de D2.

O estado tem apenas 33 mil doses de Pfizer para D1 no momento. Elas serão utilizadas para atender com dose de reforço os imunossuprimidos (aqueles com câncer, que realizaram cirurgia recente, ou outro público com baixa imunidade). A SES estima este grupo em 28 mil pessoas. O restante servirá para idosos acima de 80 anos (dose de reforço) e adolescentes com comorbidades.

Nos bastidores, os gestores falam que o ministério aguardou autorização da Coronavac para adolescentes, o que não ocorreu. A exclusividade da Pfizer para adolescentes criou um problema: faltam doses da AstraZeneca para D2, falta Pfizer para D1 e talvez “sobre” Coronavac, já que não há em quem aplicar. A Coronavac não pode ser usada em adolescentes e para dose de reforço é recomendado um imunizante diferente do inicial.

A divisão no envio das 303 mil doses disponíveis para os municípios é para evitar possíveis perdas. Isso se deve ao fato de que o imunizante necessita de maiores cuidados no armazenamento, como temperatura extremamente baixa.


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