Cresce o número de seguidores do movimento separatista “O Sul é meu País”

Diretoria e convidados se reuniram para debater crescimento após as eleições

Cresce o número de seguidores do movimento separatista “O Sul é meu País”

Diretoria e convidados se reuniram para debater crescimento após as eleições

Criado em maio de 1996 e presente em 870 cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, o movimento “O Sul é o meu país” reuniu cerca de 20 representantes e convidados ontem à noite no auditório do Sindicato dos Mestres e Contramestres na Indústria de Fiação e Tecelagem de Brusque. O objetivo era planejar as próximas ações do grupo no município e nas demais regiões e discutir o crescimento do movimento após as eleições.

Antes do resultado das eleições presidenciais em que Dilma Rousseff (PT) se reelegeu, o movimento separatista contava com cerca de 800 filiados em Brusque. Depois do pleito, segundo o presidente da secção de Brusque e secretário-geral do Grupos de Estudos Sul Livre (Gesul), Celso Deucher, o número cresceu 10 vezes mais.
“Eu acredito que as pessoas que estão chegando agora são contra o tipo de governo atual e votaram em outros candidatos. Mas no nosso movimento nós não permitimos idolatria a partidos. Aceitamos as pessoas pela ideologia do separatismo. Nós também somos contra o tipo de governo atual, mas não porque é o PT e a Dilma, mas sim pela forma de governar”, afirma.

Para defender a separação dos três estados do sul, o militante cita dados do portal da transparência que apontam que nos últimos três anos, o sul “mandou para Brasília” R$ 358 bilhões, mas teve apenas R$ 80 bilhões de retorno. O restante dos valores, segundo Deucher, foram enviados para “projetos de corrupção”.

“Criamos um monstro chamado Brasília. Essa questão financeira mexe demais conosco. É um dos principais motivos pelos quais nós criamos o movimento. O que eles fazem com o dinheiro, com supersaturação de obras, por exemplo, gera a pobreza, o crime organizado e todas as coisas de ruim que acontecem com o país”, diz.

Em 870 das 1.191 cidades da região sul existem representantes do “O Sul é o meu país”, porém em cerca de 500 delas ainda não há comissões formadas – com presidente, vice, secretário, tesoureiro e diretor de comunicação social. De acordo com Deucher, a formação das comissões é fundamental para aumentar o número de militantes e reforçar a luta do movimento.
Adesivaço

Outro ponto discutido na reunião se refere a uma ação que será realizada no dia 22 de novembro. Em conjunto, representantes dos três estados do sul distribuirão adesivos e panfletos do movimento nas suas cidades de origens. A ideia, explica o presidente, é mostrar à população que os separatistas realmente existem e lutam por diretos econômicos e sociais.

 

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