Cresce a procura por cursos de tiro em Brusque após decreto de Bolsonaro

Assim como as lojas, clubes também experimentam aumento de clientes

Cresce a procura por cursos de tiro em Brusque após decreto de Bolsonaro

Assim como as lojas, clubes também experimentam aumento de clientes

Os clubes de tiro de Brusque – JVK e Caça e Tiro Araújo Brusque – experimentam aumento na busca por informações desde a publicação do decreto da posse de armas. Os dois estabelecimentos oferecem aulas para as provas que são pré-requisito para a obtenção do Certificado de Registro de Arma de Fogo (Craf).

O presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto no dia 15 de janeiro. Nele, regulamentou a lei já existente sobre o armamento no país.

O que não mudou foi a exigência de laudo que comprove a aptidão para o manuseio de arma de fogo. Este documento é obtido após um curso básico de tiro e uma prova aplicada por um instrutor credenciado na Polícia Federal.

Isso torna o curso de tiro um pré-requisito para que a pessoa tire sua permissão para ter uma arma em casa ou no trabalho. Até mesmo um pouco antes do decreto, quando o assunto já era bastante debatido, a JVK registrava aumento na procura.

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Desde a assinatura, a busca por informações ou vagas se intensificou. “Estamos com um curso transcorrendo e pelas próximas quatro semanas já estamos com tudo agendado. A procura cresceu bastante em virtude de hoje o cidadão poder se defender”, afirma Emerson Klann, proprietário do JVK.

O diretor de tiro do Araújo Brusque, Humberto Marchi, diz que cada vez mais pessoas tem ligado e buscado informações sobre os trâmites e custos para aquisição de armas, o que inclui o curso ofertado no clube.

“Estamos montando uma turma nova para o mês de março. Estava conversando com o instrutor, porque não está fácil de achar instrutor com disponibilidade”, revela o diretor.

Conhecimento mínimo
Marchi e Klann explicam que a exigência do laudo de aptidão com a arma e a realização do teste psicológico eram e continuam a ser obrigatórios para todos que querem ter autorização para portar armamento.

Klann explica que o curso de tiro para a retirada do registro é mais simples. “O instrutor aplica a prova de 20 questões e depois tem uma quantidade de tiros no estande. É bem mais simples, é para demonstrar que tem conhecimento teórico e prático”.

A prova teórica é do tipo objetiva e passa quem acertar pelo menos 60%. A avaliação tem seis questões de normas de segurança, seis de nomenclatura e funcionamento de peças, três de condutas no estande e cinco perguntas de legislação brasileira de armas de fogo.

Já a prova prática consiste em um número de tiros – que varia conforme o tipo de arma, se longa ou curta e outras particularidades – no estande. Os disparos são feitos em diferentes distâncias e também tem um tempo definido para que tudo seja terminado.

Defesa pessoal
Emerson Klann diz que o curso básico dá noções a um atirador, mas é preciso praticar mais do que isso para estar realmente capacitado para se defender em uma situação de risco.

Os clubes de tiro oferecem cursos mais avançados para quem se interessa pelo assunto. Há aulas de saque rápido, tiro rápido de precisão e o tiro prático. Este último é a junção da rapidez com a precisão e é o mais indicado para autodefesa.

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Além de fazer o curso inicial ou mesmo se aperfeiçoar, o atirador também deve se manter bem treinado. O Caça e Tiro e a JVK contam com associados, que podem ir aos estabelecimentos para fazer alguns disparos periodicamente.

Pré-requisitos continuam
O laudo de aptidão para o manuseio da arma é apenas uma das exigências para quem quer ter armamento em casa. Há outras, como a realização de um teste psicológico e não possuir antecedentes criminais.

O interessado deve apresentar certidões negativas em todas as esferas judiciais e não responder nenhum inquérito criminal. A pessoa deve ter, ainda, no mínimo, 25 anos de idade e ocupação lícita.

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