CVV intensifica ações de conscientização e debate sobre o suicídio em Brusque

Iniciativa compõe atividades da campanha Setembro Amarelo no município

CVV intensifica ações de conscientização e debate sobre o suicídio em Brusque

Iniciativa compõe atividades da campanha Setembro Amarelo no município

Ações voltadas à prevenção ao suicídio serão desenvolvidas em Brusque e região a partir desta segunda-feira, 10. O Centro de Valorização da Vida (CVV) aposta na campanha Setembro Amarelo para conscientizar sobre o tema e preparar pessoas dispostas a atuar como voluntárias nos atendimentos da entidade.

De acordo com o voluntário Fernando Poli, a campanha é uma oportunidade de discutir o tema, considerado um tabu. Para ele, é preciso chamar a atenção para o problema e incentivar a prevenção e o apoio às famílias afetadas. “As mídias não abordam isso, não se comenta sobre isso na sociedade”.

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Entre as medidas previstas estão ações de divulgação em semáforos, no Centro. Ela ocorre já na segunda-feira. Mais de mil kits voltados aos motoristas foram preparados. Durante a noite, a ponte estaiada Irineu Bornhausen será iluminada na cor amarela, em uma ação conjunta com a prefeitura.

Escolas do município devem receber rodas de conversa e palestras sobre o tema. As orientações também serão ministradas para enfermeiros do Centro de Atenção Psicossocial (Caps). Nos dias 21, 22 e 23, membros do CVV fazem atividades na Feira de Oportunidades da Viacredi, no salão da igreja São Cristóvão, em Guabiruba.

Formação
A programação também servirá para preparação de voluntários. No dia 30, ocorre um curso na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque e Região (Sintrivest). Para participar é não preciso formação específica, mas os voluntários necessitam ser maiores de 18 anos e dispor de quatro horas semanais.

De acordo com ele, a demanda pelo serviço é crescente e há necessidade de novos voluntários. Cada um tem uma motivação diferente para se dedicar ao serviço, mas existem pontos em comum: “de uma maneira geral, valorizamos muito a vida e acreditamos no valor do desabafo, que acaba tornando mais fácil para a pessoa continuar sua caminhada”.

Segundo o voluntário, nas atividades será possível conhecer mais sobre a atuação do grupo e do trabalho de apoio emocional. Desde o início do CVV em Brusque, em janeiro, 18 pessoas dedicam parte do seu tempo para prestar o serviço. Desde lá, foram mais de 4,4 mil atendimentos até o fim de julho deste ano.

Até a mudança para um novo endereço, previsto para ocorrer em cerca de dois meses, os atendimentos da equipe local são feitos só pelo telefone 188. Em outras unidades, o atendimento também é pessoalmente em chat ou e-mail.

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“Precisamos falar abertamente”
Para o coordenador nacional de Expansão do Centro de Valorização da Vida (CVV), Régis da Silva, o debate público é a melhor forma de desmistificar o tema da sociedade e aproximar vítimas e familiares de um acompanhamento específico.

“O suicídio foi e ainda é um tabu. Precisamos falar abertamente sobre o suicídio e não podemos ter medo de encarar este problema”, resume. Ao todo, o CVV conta com 97 postos de atuação e está ativo há 56 anos. Por dia, os atendimentos chegam a 6 mil ligações.

Para ele, o estilo de vida imposto pela sociedade e uso exagerado das tecnologias contribuem para o isolamento e recorrer ao apoio dos voluntários é uma importante forma de prevenção. “A pessoa que busca o serviço não quer morrer, quer cessar o sofrimento”.

Curso para novos voluntários do CVV
Custo: gratuito
Local: Sintrivest
Quando: 30 de setembro, das 8h às 19h
Inscrições: [email protected] ou (47) 99175-9491

 

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