
A primeira turma de Medicina do Centro Universitário de Brusque (Unifebe), formada em 2024, já começa a escrever novas histórias na saúde do município. Entre os profissionais que iniciaram a trajetória na cidade estão Eduarda Paitl Agostinho e Felipe Costa, ambos com 24 anos, hoje residentes em Terapia Intensiva e atuando em hospitais locais.
Até dezembro de 2026, o curso deve entregar para o mercado mais 123 profissionais. A graduação, que teve início em 2019, já formou duas turmas. São 79 médicos que iniciaram a carreira e, grande parte deles, permanece na região.
Sonho de infância
Prestes a completar um ano de formada, o desejo pela medicina surgiu cedo na vida de Eduarda. Ela passou a admirar a profissão durante o período que seu pai precisou de atendimento especializado.
“Decidi fazer medicina aos nove anos, depois que meu pai precisou de uma cirurgia cardíaca. Vi o quanto os médicos puderam ajudar minha família e quis poder fazer a diferença na vida de outras pessoas, assim como fizeram por ele”, conta.
Natural de Brusque, ela se preparou ao longo do ensino médio e foi aprovada logo no primeiro vestibular. Desde os primeiros semestres, o curso confirmou suas expectativas. “Desde o início pude estar inserida em atividades práticas e estágios extracurriculares, e a cada ano sentia que fiz a escolha certa. Foram os anos de maior aprendizado e amadurecimento da minha vida”, afirma.
Formada em dezembro, Eduarda iniciou o primeiro ano da residência em Terapia Intensiva e, antes disso, trabalhou por nove meses na emergência do Hospital Azambuja, experiência que considera essencial para o início da carreira. “Tem sido um ano incrível e de muito crescimento pessoal e profissional. Aprendi com cada paciente que atendi, reconhecendo a importância de ouvir, acolher e aplicar o conhecimento com responsabilidade”, diz.
A escolha por permanecer em Brusque também foi natural. “Nasci aqui, tenho um vínculo muito forte com a cidade e quero retribuir tudo o que recebi, contribuindo para o desenvolvimento da saúde local”, ressalta.

Laços construídos em Brusque
O mesmo sentimento de pertencimento acompanha o médico recém-formado Felipe Costa, natural de Itajaí. Ele escolheu Brusque em 2019, quando ingressou na primeira turma de Medicina da Unifebe. “Optei pela Unifebe por valorizar tanto a formação técnica quanto o contato humano com os pacientes”, explica.
Durante a graduação, ele conta que o contato com a prática clínica foi determinante para ter certeza de sua escolha. “Os anos na faculdade superaram minhas expectativas. Desde o início tive contato com pacientes e atividades que me aproximaram da realidade da profissão. O internato foi o momento de maior crescimento e de confirmação de que estava no caminho certo”.
Hoje, Felipe divide a rotina entre a residência em Terapia Intensiva e os plantões no Hospital Azambuja, atuando na Emergência e na Clínica Médica. “É gratificante poder colocar em prática o que aprendi e continuar me aprimorando em uma área que me motiva e desafia todos os dias”, destaca.
A decisão de seguir em Brusque reflete o vínculo construído ao longo dos anos. “Sempre gostei muito da cidade e me senti acolhido aqui desde o início. Criei um vínculo especial com o lugar e com as pessoas, e hoje sinto que posso retribuir tudo o que recebi durante minha formação”, afirma.

Para eles, o futuro é guiado pelo mesmo propósito: exercer a medicina com ética, dedicação e humanidade. “Meu maior desejo é seguir sendo feliz na profissão e impactar positivamente a vida de cada pessoa que cruzar o meu caminho”, finaliza Eduarda.
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