Inspirado nos anos 70, o Desfile das Costureiras fará uma viagem no tempo, de volta às discotecas que embalavam os sábados à noite. Na pista, os holofotes estarão todos voltados para as costureiras, protagonistas desta festa. Na 7ª edição, o projeto reunirá 70 profissionais que sairão de trás das máquinas para pisar na passarela. O evento é uma iniciativa do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque e Região (Sintrivest), em parceria com o Sindicato das Indústrias do Vestuário de Brusque e Região (Sindivest), com o apoio do Centro Universitário de Brusque (Unifebe) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

O tema deste ano não foi escolhido ao acaso: os anos 70 voltaram à moda e os elementos ligados à época são tendências para este inverno. Os looks foram desenvolvidos pelos acadêmicos do curso de Design de Moda da Unifebe e também pelos alunos dos cursos de Desenhista em Produto de Moda e Confeccionador de Moldes e Roupas, do Senai. Após produzido o modelo, os próprios alunos selecionaram as costureiras que queriam ver usando as peças.

A coordenadora dos cursos da área de vestuário do Senai, Natália Tarter Thomaz, explica que depois de desenvolvidos os moldes, as próprias costureiras que desfilarão costuraram seus looks. “Elas tiveram cerca de 20 dias para costurarem. Algumas modelagens precisaram ser adaptadas conforme o corpo e gosto das costureiras, pois nossa intenção desde o início foi deixá-las confortáveis para essa grande noite”.

É um dia de glamour, pois passam por todo o processo de preparação do look e de se arrumarem. É um dia que marca muito a vida de cada uma que participa

Marli Leandro, presidente do Sintrivest

Natália revela que os looks foram pensados na tendência do inverno, por isso, foram utilizados tecidos com estampas florais, franjas, estampas artesanais e transparência. “Buscamos valorizar bem a criação dos alunos”, ressalta.

O dia pensado especialmente para homenagear as profissionais da costura contou ainda com uma tarde de princesa para elas. O coordenador do curso de Design de Moda da Unifebe, Rodrigo Zen, revela que como novidade no evento, foi fechado uma parceria com o Centro Acadêmico Cristiano Pinheiro. “A equipe da escola de beleza fará toda a maquiagem e produzirá as modelos. A equipe ficará ainda junto no desfile para dar toda a assistência, assim como fazer retoques, se necessário”.

Natália ressalta que a organização criou um grupo no WhatsApp com as costureiras-modelos e, pela rede social, a equipe do Senai deu todo suporte que necessitam. “Elas vão criando ansiedade, então a gente busca acalmá-las, pois é uma noite para elas”.

A presidente do Sintrivest, Marli Leandro, afirma que o desfile é um evento que mexe muito com a emoção das profissionais, principalmente das que desfilam. “É um dia de glamour, pois passam por todo o processo de preparação do look e de se arrumarem. É um dia que marca muito a vida de cada uma que participa”, diz.

O desfile inicia às 19h30 e a entrada é por meio de convites distribuídos pelo Sintrivest, Sindivest, pelas costureiras e pelos alunos da Unifebe e do Senai.


Evento de união

Além de ser um marco para as profissionais, o Desfile das Costureiras também se tornou importante pela união entre os sindicatos patronal e laboral. A presidente do Sindivest, Rita Cassia Conti, revela que a parceria entre as entidades mudou a forma de pensar dos empresários. “Começamos a ter outros diálogos com o sindicato laboral, pois antigamente éramos muito distantes. Com isso, passamos a falar a mesma linguagem para um bem comum”, diz.

Rita diz que após a iniciativa do Sintrivest, ela notou, de forma tímida, que diminuiu a evasão na área da costura. “Elas não estão indo embora e pode sim ter relação com o evento, pois elas adoram, passam o ano todo falando do desfile”.