Dá pra virar? Relembre duas vezes em que o Brusque demoliu desvantagens em mata-mata

Em 2019, Marreco levou confronto aos pênaltis na Série D; em 2010, vitória histórica contra a Chape levou time a uma final

Dá pra virar? Relembre duas vezes em que o Brusque demoliu desvantagens em mata-mata

Em 2019, Marreco levou confronto aos pênaltis na Série D; em 2010, vitória histórica contra a Chape levou time a uma final

O Brusque precisa reverter uma desvantagem de dois gols contra a Chapecoense no Augusto Bauer neste domingo, 13, para levar a final do Campeonato Catarinense para pênaltis ou para conquistar o título no tempo normal. Em caso de vitória por dois gols, é necessário o desempate. Vencer por um gol não evita que a troféu vá para Chapecó. Mas o Marreco já conseguiu superar tamanha adversidade em algumas ocasiões.

Série D 2019

Em 28 de julho de 2019, o Brusque foi derrotado por 2 a 0 para o Ituano, no estádio Novelli Júnior, na semifinal da Série D do Campeonato Brasileiro. Os gols, marcados por Claudinho e Mateus, surgiram de jogadas aéreas, como na ida da final do Catarinense de 2020.

No aniversário de Brusque, em 4 de agosto, o Marreco acabou com a vantagem do Galo de Itu. Fio marcou de cabeça aos 17 do primeiro tempo e Thiago Alagoano empatou aos 17 do segundo. Aos 30, Júnior Pirambu ainda perdeu pênalti. O confronto foi para as penalidades, nas quais brilhou a estrela de Dida e o Marreco venceu por 4 a 3, para disputar a final diante do Manaus.

Valdo comemora o gol da classificação em 2010 | Foto: Rafael Voitina/Arquivo O Município

Copa SC 2010

Nas semifinais do primeiro turno da Copa Santa Catarina de 2010, em 23 de maio, a Chapecoense aplicou 4 a 1 no Brusque, em casa. Neilson (duas vezes), Eduardo Erê e Xaro marcaram para o Verdão, e Valdo marcou para o Marreco. João Ricardo, atual goleiro da Chape, ainda estava no clube que o revelou.

A desvantagem de três gols foi revertida em 27 de maio, quando o Brusque recebeu a Chapecoense no Augusto Bauer. O primeiro tempo terminou sem gols. No segundo, Rafael Xavier marcou aos 18 e aos 26 minutos do segundo tempo. Três minutos depois, Valdo aproveitou a sobra de cruzamento pela esquerda e chutou de fora da área. O goleiro Nivaldo ficou só no golpe de vista.

Assim, a equipe conseguiu a classificação, porque o gol marcado fora de casa em Chapecó era um critério de desempate. Os 3 a 0 entraram na história de uma campanha que terminaria com o título de uma geração que acumulou 21 jogos de invencibilidade no Augusto Bauer.

“Tinha que correr, lutar, honrar a camisa. Futebol não é ciência exata. Futebol é o único esporte no mundo em que não existe favoritismo. Tinha um torcedor me chamando de
burro (quando o jogo estava 0 a 0), e eu fui lá e disse pra ele: ‘não vai embora que tu ainda vais comemorar hoje’”, comentou o técnico Joceli dos Santos ao final do jogo, como registra a edição de O Município de 28 de maio de 2010.

“Tá tudo aberto”

Campeão catarinense de 1992 pelo Brusque, o ex-meia Palmito acredita que está tudo em aberto, e que dentro de casa o quadricolor tem condições de igualar o placar agregado e até virar. Para isto, o ídolo acredita que a equipe deva ser mais agressiva no ataque, algo que não aconteceu em Chapecó.

“Acho que o Brusque agrediu pouco, tinha poucas opções nos ataques. Houve bons cruzamentos, mas falta uma conclusão, uma aproximação. A Chapecoense chegava com mais gente no ataque. Acho que se perdeu um pouco desta força com a perda da referência do Edu”, comenta.

Artilheiro da equipe no estadual de 1992, com 13 gols, Palmito evita muitas comparações entre a geração vitoriosa de 1992 e o time de 2019-20, mas vê o entrosamento e a proximidade entre os jogadores como um fator em comum e importante. Naquela final, o Avaí venceu o primeiro jogo por 1 a 0. A vitória por 2 a 1 no Augusto Bauer levou a decisão a duas prorrogações, com o Brusque saindo vitorioso após golaço de Cláudio Freitas.

O atual gerente do Sesc de Brusque também pontua o desgaste físico com a viagem do elenco até Varginha e depois a Chapecó, e acredita que em casa isto deve ser minimizado, ainda que não tenha a torcida para empurrar.

“Lamentamos que não possa ter torcida. A torcida do Brusque faz pressão, ajuda muito o time. É um momento de superação e motivação. Tem que se impor, se arriscar, focar no gol. Este título ajudaria muito para o clube seguir neste crescimento, ter seu próprio estádio e subir cada vez mais.”

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