Daqui a quinze anos

Muito tempo para esperar

Pouco tempo para viver

Quem irei me tornar?

Como é que vou ser?

Daqui a quinze anos

O futuro não é previsível

Muito menos nos é prometido

Mas ainda há tanto para acontecer

Tanto para conhecer

Daqui a quinze anos

Psicologia, Física ou nada?

Eis a questão

Não espero coisa alguma

A não ser meu melhor julgamento

Daqui a vinte anos

Que a cédula seja mal dita

Mas o mínimo é preciso

Para vagar por este globo

Que possui tanto azul quanto os teus olhos (possuem)

Daqui a vinte anos

Quem sabe eu te conheça melhor

E sinta vontade de caminhar ao teu lado

Talvez eu use branco

Enquanto vivemos ante esse fundo verde

Daqui a vinte anos

Traga o riso mais pra perto

Com toda aquela inocência delicada

Aproveite, aproveite

Que em breve isso se irá

Daqui a cinquenta anos

Perguntar-me-ei “para onde foram as incertezas?”

E olharei nossa história-em-figuras

Mas já é hora de dormir

Que desta vez a noite é grande

 

Gabriela Schwamberger – 17 anos – Terceirão