De Brusque, Rita Conti é a primeira mulher na diretoria principal da Fiesc

Símbolo da renovação da entidade, empresária é conhecida pela postura sóbria e coerente

De Brusque, Rita Conti é a primeira mulher na diretoria principal da Fiesc

Símbolo da renovação da entidade, empresária é conhecida pela postura sóbria e coerente

De estilo discreto, porém muito atuante, Rita Cássia Conti conquistou Brusque e agora entrou definitivamente para a história. Ela é a primeira mulher a ocupar um posto na diretoria principal da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). A empresária foi eleita 2º Tesoureira para a gestão 2018-2021.

“O associativismo faz parte do meu DNA, tanto que fui do grêmio estudantil e do centro acadêmico na PUC-RS. Sempre entendi que quando nos unimos, temos força e empoderamento”, afirma Rita.

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A sócia-proprietária da RC Conti – Mensageiro dos Sonhos foi eleita por sua atuação e postura na Fiesc. Ela é, hoje, um consenso entre o empresariado catarinense.

Rita tem ciência da importância da função que assumiu. Não só é a primeira mulher a estar no primeiro escalação da entidade, mas, por tabela, é um espelho para as empresárias e o símbolo da renovação dentro da Fiesc.

“A eleição chama a atenção porque é empoderamento para as mulheres”, diz a empresária, gaúcha de nascimento, mas brusquense de coração. A indicação dela foi um entendimento entre os 16 vice-presidentes regionais da federação.

Rita é, na prática, a representação de uma Fiesc que se moderniza. É mulher, bem-sucedida e conhecida pelo estado, tendo uma empresa de médio porte. Um “extra” é a sua origem: Brusque, cidade importante para a entidade. “O presidente quer dar uma abertura maior para as micro, pequenas e médias empresas”, comenta Rita.

Ela acredita que como mulher pode contribuir para o desenvolvimento da Fiesc. A empresária defende a igualdade entre os gêneros. Isso inclui o que ela chama de postura, saber se portar em cada ambiente.

Ainda que tenha essa visão igualitária, Rita destaca que há diferenças sutis entre homens e mulheres. “Temos capacidade, a mulher tem um feeling muito positivo. Acho que se completam: o homem, com sua objetividade, e a mulher, por ser maternal, com essa intuição. Acho que a minha contribuição nas decisões será com esse feeling”.

DNA coletivo
Filha de família humilde de Canoas (RS), Rita sempre teve um viés para o coletivo. Por isso não demorou para que ela se envolvesse com a sociedade civil quando chegou a Brusque na década de 1990.

Participou, de início, dos núcleos de jovens empresários e de mulheres empresárias da Associação Empresarial de Brusque (Acibr). A atuação e o estilo dela chamaram a atenção. Não demorou para que Rita fosse convidada para integrar a diretoria da entidade.

Há dez anos, a empresária integra a diretoria, atualmente como diretora para Assuntos de Comércio e Turismo. Depois de tantos anos de contribuição, Rita é um nome forte para assumir a presidência futuramente.

Contudo, não é algo que ela busque, assim como foi com a Fiesc. Ela começou a participar da entidade em 2012, quando foi eleita presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Brusque e Guabiruba (Sindivest).

“Houve uma renovação da chapa e me convidaram para ser presidente. Também foi algo novo, uma mulher na presidência”, diz.

O empresário Ingo Fischer, vice-presidente da Fiesc no Vale do Itajaí-Mirim, convidou-a para participar da federação como presidente do sindicato patronal. Afeita aos assuntos coletivos, Rita não titubeou.

“Fui nas reuniões e fui muito bem recebida pelo então presidente Glauco Côrte, que me apresentou ao grupo”, conta. Ali, há quase seis anos, foi dado o pontapé inicial para a ascensão dela na federação.

Depois, Rita foi conselheira suplente fiscal e conselheira fiscal na última gestão. Nas reuniões, comenta a empresária, sempre prezou por uma postura sóbria e coerente.

“Batalhei muito para a Câmara da Moda voltar, este ano conseguimos”, ressalta. Sem que Rita percebesse, esse estilo chamou a atenção.

Aos poucos, passou a ganhar cada vez mais notoriedade. Por exemplo, representou a Fiesc numa missão na Colômbia recentemente.

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Neste ano, Rita foi ainda mais protagonista. Estava sendo preparada para o cargo que lhe seria oferecido, mas nem ela sabia disso.

A revista da Fiesc, que circula em todo o estado, fez uma reportagem de perfil da empresária. Algo representativo, na medida em que geralmente são escolhidos diretores de grandes empresas.

Neste ano, Rita também foi convidada a apresentar a RC Conti para os demais empresários e autoridades em uma concorrida reunião em Florianópolis – na qual o governador estava presente.

Além disso, a Mensageiro dos Sonhos teve um showroom montado na Fiesc por 20 dias. A repercussão foi excelente, comenta Rita. O convite para integrar a diretoria veio logo depois.

“Não tinha essa pretensão, não busquei isso”, declara. Já eleita, pondera: “buscamos sempre atender a expectativa dentro do princípio de ouvir mais para compreender e saber se colocar na hora certa”, completa Rita.

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