Dentista brusquense viaja até a Angola para auxiliar povoado carente

Ele vai ficar cinco dias na comunidade prestando serviço clínico dentário

Dentista brusquense viaja até a Angola para auxiliar povoado carente

Ele vai ficar cinco dias na comunidade prestando serviço clínico dentário

Nesta segunda-feira, 15, o dentista brusquense Edinei Pinto, 37 anos, embarcou em um avião e foi até Angola, para visitar um povoado carente na cidade de Lubango. Ele vai lá ficar até domingo, 21. O objetivo da missão é prestar serviços à população e ensinar novos procedimentos aos profissionais da cidade.

“Eu cheguei numa fase da minha vida que eu preciso ter algum significado maior. Eu acho que ajudar o próximo é uma forma de agradecer por tudo que eu conquistei hoje”, diz.

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Edinei conta que algumas pessoas questionaram sua ida para outro país, quando poderia ajudar aqui no Brasil. Ele diz que escolheu o lugar porque diferentemente daqui, em Angola não existe um serviço público de saúde e, por isso, o acesso a médicos e dentistas é bastante difícil.

Quando conseguem encontrar um atendimento gratuito, geralmente precisam de remédio e o governo não dá medicação. “Eles não tem nem dinheiro para comer, então não compram remédio”, diz. Segundo o dentista, um jovem morreu há pouco tempo por conta de uma infecção no dente.

Com o gesto, além da parte mais importante que é ajudar o próximo, o dentista quer incentivar a prática. “O que eu mais espero é motivar mais pessoas para fazerem a mesma coisa”, ressalta.

Lubango

A ideia foi pensada durante um ano. Inicialmente o dentista ia ficar 15 dias no exterior e atender asilos e orfanatos, por meio do encaminhamento de uma Organização Não Governamental (ONG). Mas pesquisando em outras ONGs ele encontrou esse povoado por meio de uma organização de um brasileiro que cuida de uma igreja na cidade de Lubango.

Em contato com os responsáveis, soube da realidade da região e decidiu ficar lá por sete dias. Edinei diz que não consegue ficar por mais tempo porque a esposa está grávida e ele tem filho de dois anos. Além disso, precisa dar continuidade aos atendimentos na clínica.

“Vou ensinar duas pessoas a pelo menos fazer extração de dente, remover dor dos pacientes, para não acontecer de ninguém mais morrer por causa de uma dor de dente”, explica. Ele também vai auxiliar prestando serviços à comunidade.

Essas pessoas estudaram o básico sobre os procedimentos dentários, mas não têm estrutura e nem equipamentos. Por isso Edinei está levando consigo vários materiais para que eles consigam fazer os atendimentos.

A intenção também é analisar a realidade do local para continuar ajudando daqui de Brusque por meio do envio de mais equipamentos para que continuem exercendo o que Edinei vai ensiná-los.

Motivação

O que levou Edinei a fazer a missão na Angola é o anseio por ajudar o próximo. Ele conta que encontra-se em uma fase que precisa dar mais significado à vida e aprender a dar mais valor ao que conquistou. “Eu não estou indo lá para melhorar a minha imagem. É uma coisa particular”, enfatiza.

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Com o sonho de cursar odontologia ou medicina desde criança, para ser um profissional que ajuda as pessoas, Edinei se tornou dentista há cinco anos.

Primeiramente ele se formou em administração e em marketing. Por meio de duas empresas que abriu, conseguiu custear a faculdade de odontologia. Ele estudava durante o dia e trabalhava até de madrugada.

Filho de um pintor e de uma costureira, disse que os pais sempre o ensinaram a trabalhar, ser honesto e ajudar o próximo. “Um dos meus objetivos de vida é ajudar outras pessoas. Depois de alguns anos trabalhando bastante, tive essa oportunidade”, conta.

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