João José Leal

Promotor de Justiça, professor aposentado e membro da Academia Catarinense de Letras - [email protected]

Dia mundial da liberdade de imprensa

João José Leal

Promotor de Justiça, professor aposentado e membro da Academia Catarinense de Letras - [email protected]

Dia mundial da liberdade de imprensa

João José Leal

Nesta quarta-feira, 3, é o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, data criada pela UNESCO, no ano de 1993, para celebrar a história de lutas por uma imprensa livre de censura e de qualquer controle. Especialmente, uma imprensa que não esteja a serviço do poder econômico e político. Quando se fala de liberdade de imprensa, estamos nos referindo aos diversos veículos de comunicação social, que levam a palavra, a voz, a imagem. Enfim, o entretenimento, a informação e o conhecimento ao interior dos nossos lares.

No entanto, por mais de dois séculos, a imprensa foi considerada atividade empresarial e profissional restrita, ao jornal impresso, já conhecido no mundo antigo, claro que em sua forma ainda rústica, sendo o imperador Júlio César, com sua Acta Diurna, quem diria?, considerado o criador do primeiro jornal.

No entanto, a prensa de papel, criada por Gutenberg, é que permitiu o revolucionário avanço da imprensa. E, dizem os estudiosos, o despertar definitivo do jornalismo moderno, independente, investigativo, livre, agora, integrado por profissionais da palavra falada, da imagem e, também, da palavra escrita. Para a ONU, o Estado democrático tem o dever de garantir liberdade aos jornalistas para examinar, apurar e criticar as políticas e as ações governamentais.

Ninguém desconhece a luta para se conquistar a liberdade de imprensa. Quantos profissionais foram perseguidos, ameaçados, despojados de seus patrimônios por exercerem com dignidade e honestidade a atividade jornalística? Quantos pagaram o preço da liberdade e da própria vida, por escrever e defender a liberdade de informar a verdade aos seus leitores.

Basta lembrar os filmes do faroeste norteamericano, dos mocinhos de pontaria infalível, dos jornais empastelados, seus donos espancados e até covardemente assassinados? Do Brasil, dos governos militares, tempo de jornais censurados, sem liberdade para informar sobre a nossa situação política e econômica brasileira. A história jornalismo, mesmo hoje, em alguns países deste mundo tão cheio de contradições, tem sido um rosário sem conta de perseguição, de prisões e mortes de seus profissionais, vítimas da intolerância do poder econômico, político e do fanatismo religioso.

É o direito de todos esses profissionais de investigar, informar e comunicar com liberdade, que hoje se comemora em todo o mundo.

Aos jornalistas de Brusque, o meu abraço, com admiração.

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