“Diagnóstico precoce é fundamental”: médico de Brusque destaca papel da mamografia para tratar câncer de mama
Governo federal lança medidas para garantir acesso à mamografia
Governo federal lança medidas para garantir acesso à mamografia

O câncer de mama é considerado um dos mais mortais. Para evitá-lo, o diagnóstico precoce é essencial, segundo o médico Darlei Dawton Colzani, de Brusque. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimam o registro de 74 mil casos de câncer de mama durante 2025.
A maior incidência ocorre em mulheres acima dos 50 anos, mas cerca de 40% dos casos no país afetam mulheres abaixo dessa faixa etária.
Membro da Associação Brusquense de Medicina (ABM), Dalton é médico ginecologista, obstetra e ultrassonografista. Ele afirma que o câncer de mama identificado em estágio de grau 1, ou seja, de forma precoce, possui 95% de chance de cura dentro de cinco anos.
“O diagnóstico precoce é fundamental. Infelizmente, o autoexame de mama não serve para diagnóstico precoce. A mulher consegue detectar o nódulo, que a leva ao médico. Porém, quando já se tem algo palpável, a doença não é mais tão precoce assim”, diz.
O médico explica que a mamografia ainda é o método mais indicado para fazer um diagnóstico precoce de câncer de mama.
“A mamografia reduz a mortalidade pelo câncer de mama em até 25%, pois propicia um diagnóstico precoce, aumentando muito a possibilidade de tratamentos menos agressivos e muito mais curativos”, frisa.
Conforme o governo, a ampliação do acesso à mamografia aproxima o Brasil de práticas internacionais, como as adotadas na Austrália. Em 2024, o SUS realizou aproximadamente 4 milhões de mamografias para rastreamento e 376,7 mil exames diagnósticos.
O Ministério da Saúde lançou, no final de setembro, políticas públicas para garantir o acesso à mamografia no Sistema Único de Saúde (SUS) a mulheres de 40 a 49 anos, mesmo sem sinais ou sintomas de câncer.
A faixa etária concentra 23% dos casos da doença e a detecção precoce aumenta as chances de cura. Segundo dados do governo, as mamografias no SUS em pacientes com menos de 50 anos representam 30% do total, equivalente a mais de 1 milhão em 2024.
“Estamos ampliando o acesso ao diagnóstico precoce em uma faixa etária que concentra quase um quarto dos casos de câncer de mama. O Brasil dá o exemplo ao priorizar a saúde das mulheres e fortalecer o sistema público”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Outra medida é a ampliação da faixa etária para o rastreamento ativo, quando a mamografia deve ser solicitada de forma preventiva a cada dois anos.
A idade-limite, que até então era de 69 anos, passará a ser até 74 anos. Quase 60% dos casos da doença estão concentrados dos 50 aos 74 anos, e o envelhecimento é um fator de risco para o câncer de mama.
Conforme o médico Dalton, a prevenção do câncer de mama nem sempre é possível, porque há vários fatores relacionados ao surgimento da doença. Entre eles, estão a idade, o gênero, a etnia, a história familiar da doença, a idade da primeira menstruação e da menopausa, entre outras.
“Há possibilidades que, com certeza, contribuem para a prevenção da doença, principalmente evitar a obesidade, com uma alimentação balanceada e correta. Além disso, é importante a prática de exercícios físicos regulares. Outra questão é o tabagismo, que deve ser evitado, assim como o consumo excessivo de bebidas alcoólicas”, orienta.
Como era o cotidiano dos pacientes do antigo e já extinto hospício de Azambuja: