Distribuição de vacinas da gripe está atrasada
Atraso para as redes pública e particular, atribuído à Anvisa, deve ser normalizado no início de abril
Atraso para as redes pública e particular, atribuído à Anvisa, deve ser normalizado no início de abril
As vacinas contra o vírus da gripe, tipos influenza A e B, ainda não foram liberadas para o mercado. Em Brusque, tanto a rede privada de saúde quanto o Sistema Único de Saúde (SUS) não possuem as doses para a campanha de imunização que deve ocorrer antes do inverno – período mais propício para a proliferação da doença. A previsão inicial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é de que elas já estariam disponíveis neste período.
A composição da vacina muda a cada ano, pois são incorporados outros tipos de vírus. Neste ano, a dose irá imunizar contra o influenza A, a famosa gripe H1N1 e a H3N2, além do influenza B. A fórmula de 2015 leva em conta as cepas (versões do vírus incluídas na vacina) do ano passado para aumentar a eficácia do medicamento.
A coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Brusque, Fernanda Lippert, diz que aguarda a liberação da Anvisa. “A utilização da vacina produzida e usada em 2014 não está liberada. Ainda não recebemos as doses para iniciar campanha”, afirma.
“Para esta época, finalizando março, deveria já estar no Brasil. Não está acontecendo em 2015 pela dificuldade no desenvolvimento da vacina. A Alemanha ainda não liberou, mas agora estão liberando. Na primeira quinzena de abril vai estar por aqui”, afirma a enfermeira Clotilde Imianowsky, da Cidmed, uma das clínicas que trabalham com a vacina na cidade.
“Fizemos uma cotação esta semana [semana passada]. Geralmente, nós compramos em torno de 1 mil vacinas. Estamos para pedir semana que vem [esta semana]”, afirma o coordenador de suprimentos do Hospital e Maternidade Evangélico, Peri Vieira.
Ele diz que em 2014 o Evangélico também adquiriu os medicamentos por esta época. “Geralmente é nesta época que compramos. Nem todas as empresas trabalham com a vacina. Nós fazemos cotação com várias distribuidoras, uma quatro ou cinco, e esperamos elas sinalizarem. Nesta semana [semana passada] que eles avisaram que vai ter”, afirma.
Campanha
Na campanha da rede pública deste ano, além dos idosos com 60 anos ou mais de idade, também integram o grupo elegível para vacinação os trabalhadores de saúde, os povos indígenas, as crianças na faixa etária de seis meses a menores de cinco anos e as populações privadas de liberdade, além de funcionários do sistema prisional. As gestantes, as puérperas (mulheres que estão no período de até 45 dias após o parto) e os portadores de comorbidades também são prioridades. “O público alvo representará aproximadamente 40 milhões de pessoas no Brasil. A meta é vacinar, pelo menos, 80% dos grupos elegíveis para a vacinação”, afirma Fernanda.