Diversidade nos sabores atrai visitantes a Brusque no Festival Nacional da Cuca
Cucas de sabores, massas e ingredientes diferentes chamam atenção do público
A criatividade das padarias que integram o 5º Festival Nacional da Cuca fez com que dificilmente os visitantes saíssem de mãos vazias do evento. Para quem gosta da iguaria tipicamente alemã, houve grande diversidade de coberturas, massas e ingredientes.
Além das receitas tradicionais, como farofa e banana, foram produzidas uma série de outras cucas para agradar e despertar a curiosidade dos visitantes. Uma das maiores apostas em comum entre as padarias foi nas cucas de mais de um sabor. Até três diferentes coberturas podiam ser encontradas no mesmo bolo.
Durante o fim de semana, o setor de vendas do evento, dentro do pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof, foi aos poucos sendo tomado pelos amantes da cuca. A princípio acanhado, o público foi chegando, tirando suas dúvidas e sempre levando ao menos uma caixa para casa – mas houve quem saísse com pilhas de cucas nas mãos.
Rosenir Almeida, que veio de Itajaí para Brusque somente para visitar o Festival da Cuca, levou quatro caixas de diferentes marcas e sabores. Para ela, que visita pelo segundo ano consecutivo, vale a pena passar na cidade vizinha no período do evento. “É sempre muito gostoso. Estou levando para mim e para minhas filhas, que ainda não provaram a cuca de Brusque”.
Aposta na cobertura
De saltar os olhos, as diferentes coberturas chamaram a atenção de quem passou pelo pavilhão durante o festival. Por isso mesmo, as padarias trataram de abusar da criatividade e da técnica para produzir cucas ao mesmo tempo gostosas e atraentes.
A Panissa, por exemplo, produziu com exclusividade para o evento a cuca de morango com farofa de chocolate. Embora sejam especializados na de limão, a representante Eliana Odecker explica que as maiores vendas são de cucas com mais de uma cobertura. “O que mais sai são as de dois sabores. Mas as de três também são muito procuradas. Os clientes querem mais coberturas em uma cuca só”.
Segundo Eliana, cerca de oito funcionários passaram a madrugada produzindo os alimentos, um aumento de produção considerável para fazer bonito no festival. Quem também trabalhou bastante foram os funcionários da Panificadora Limoeiro. Eles começaram o turno mais cedo para, além de produzir as delícias da própria padaria, deixarem prontas as cucas especialmente feitas para o festival.
Para a proprietária da panificadora, Adélia Laurindo Rahn, o evento é uma grande oportunidade para o comércio local. “Muitas pessoas aqui mesmo de Brusque não conhecem as cucas que podem ser encontradas. Por serem bairros distantes um do outro, às vezes existe esse desconhecimento. Com o festival nós somos vistos. Esse é meu segundo ano, e recebemos muitas visitas depois de pessoas que provaram nossa cuca no evento”.
Já no expositor da Sassipan, além da diversificação das coberturas, a própria massa da cuca recebeu uma novidade. Foi lançada justamente para o festival a cuca com massa de cenoura e gotas de brigadeiro. Segundo Rosilene de Jesus Silva, representante da panificadora, isso inclusive atraiu a clientela. “Foi a cuca que mais vendeu, até mesmo por ser diferente”. Outra novidade da Sassipan foi o sabor de tangerina.
Conforme explica Rosilene, para poder vender em meio a tantas outras marcas, uma das estratégias foi explicar o processo de fabricação. “Às vezes há receio de que as cucas tenham a massa mais seca, e aí explicamos que usamos o fermento biológico que deixa ela úmida, uma fermentação que faz ela ficar mais gostosa e crescer naturalmente”.