Documentário contará história do jogo entre Carlos Renaux e Botafogo realizado em 1958

Produção deve ser lançada no segundo semestre de 2019

Documentário contará história do jogo entre Carlos Renaux e Botafogo realizado em 1958

Produção deve ser lançada no segundo semestre de 2019

Durante as gravações do documentário Brusque 92, Sergio Azevedo, produtor da Café Preto Filmes, teve a ideia de criar um filme sobre o jogo amistoso entre o Clube Atlético Carlos Renaux e o Botafogo de Futebol e Regatas, realizado em 30 de março de 1958. Algumas fontes deram a sugestão para Azevedo, que se interessou e foi pesquisar mais sobre o assunto.

As entrevistas ocorreram entre 25 de fevereiro a 28 do mesmo mês, com uma equipe de oito pessoas. Ao todo, foram entrevistadas nove pessoas. Agora a produção está na fase de montagem.

Veja também:
Centro de artes marciais anuncia expulsão de agressor de mãe e filha 

Previsto em lei, Museu de Arte de Brusque nunca saiu do papel 

Homem encontra dinheiro e boleto no chão, paga e devolve o troco em Brusque 

 

Foram entrevistadas grandes figuras da época, como Erico Zendron, Valdir Appel, que tinha 11 anos quando o jogo aconteceu e fez uma crônica sobre o tema, e o ex-jogador Julinho Hildebrand, que marcou um dos cinco gols do Carlos Renaux. Azevedo pretende ainda gravar com um amigo do Rio de Janeiro, que é torcedor do Botafogo. No entanto, ainda não está definido se será realizada a gravação.

Alguns deles falaram para Azevedo que já haviam sido feitas matérias sobre o acontecimento e que não havia necessidade de produzir um filme. No entanto, ele garante que existem muitos detalhes e coisas bonitas nesta história que merecem documentação.

O produtor enfatiza que não produz documentários apenas sobre futebol, mas procura tratar o esporte como um evento popular. O documentário abordará a relação com a Copa do Mundo e não apenas a história do Carlos Renaux. Também relatará a importância do rádio para a época.

A produção conta também a história do público, no qual muitas mulheres iam vestidas aos jogos como se estivessem indo a um baile. “O documentário conta muito sobre o nosso povo, conseguimos entender as coisas e saber sobre o passado”, explica.

Sérgio Azevedo conversando com o entrevistado antes da gravação / Foto: Café Preto Filmes

O projeto está sendo desenvolvido a nível nacional. Azevedo quer buscar parcerias de co-produtoras como a TV Brasil e a ESPN Brasil que transmitiu o documentário sobre Matheus Rheine, intitulado “Do Outro Lado – A conquista de Matheus Rheine”.

O produtor está em contato com o Botafogo e emissoras nacionais para ver a possibilidade de exibir o filme nacionalmente e contar com o apoio do clube carioca. A intenção é agregar mais parceiros para tornar o filme cada vez maior.

Segundo ele, o projeto conseguiu recursos para filmar e finalizar o documentário, mas falta verba para comprar imagens de arquivo. Os recursos foram recebidos através da Lei de Incentivo ao Audiovisual. O filme custou R$ 75 mil, mas contou com recursos da co-produtora de Balneário Camboriú, Cinerama BC Filmes que entrou com R$ 18 mil em equipamento. “A gente não pagou os equipamentos em troca de eles terem 20% de parte do filme”.

30 de março 1958
O jogo entre Carlos Renaux e Botafogo aconteceu há 61 anos no estádio Augusto Bauer. O documentário é intitulado como “Time de Fábrica” por Brusque ser uma cidade de fábricas e porque o técnico no Botafogo, na época João Saldanha, quando estava perdendo por 5×1 gritou para os jogadores: “Vocês vão perder para um time de fábrica?”.

Como o time não era profissional, o Carlos Renaux era composto por operários de fábrica. O jogo terminou em 5×5. Muitos jogadores que atuavam no Botafogo faziam parte do time que trouxe o título do mundial ao Brasil em 1958. O prefeito da época chegou a levar os jogadores a uma chácara para comemorar o momento com os moradores.

“Quem viu o jogo no estádio meses depois ouviu a final da Copa do Mundo na Suécia pelo rádio, e eles tinham a memória visual ainda dos lances aqui no Augusto Bauer. Eles tiveram uma relação porque o Botafogo ficou aqui uns quatro dias”, revela.

Veja também:
Após pedido de recuperação extrajudicial, RenauxView projeta continuidade 

Procurando imóveis? Encontre milhares de opções em Brusque e região

Assalto no aeroporto Quero-Quero, em Blumenau, durou menos de 10 minutos

O documentário trata Brusque como uma cidade industrial e mostra que os personagens eram preparados para trabalhar nas fábricas a partir dos 14 anos. “Muitos deles tinham capacidade de terem sido jogadores em nível nacional, mas tinham medo de perder a segurança que era o salário da fábrica”, revela.

Ainda não foi estipulada uma data para o lançamento. Segundo o produtor, no último filme foi preciso editar as imagens com pressa, pois já estava definido o dia da estreia. Dessa vez, a produção preferiu gravar e editar com calma para que não haja atropelos.

A intenção é exibir o filme de várias formas, no cinema, em uma TV local, mas eles também querem exibição nacional. A previsão é que o documentário fique pronto no segundo semestre deste ano.

Colabore com o município
Envie sua sugestão de pauta, informação ou denúncia para Redação colabore-municipio
Artigo anterior
Próximo artigo