Dudinha comanda a participação do Guarani nos Jogos Comunitários desde a segunda edição

Voluntário é um apaixonado por esportes e não mede esforços em prol do bairro nas competições

Dudinha comanda a participação do Guarani nos Jogos Comunitários desde a segunda edição

Voluntário é um apaixonado por esportes e não mede esforços em prol do bairro nas competições

Ir, a pé, do bairro Guarani ao bairro São Luiz, depois, seguir do São Luiz até a Sociedade Esportiva Bandeirante e, por último, do Bandeirante à Sociedade Santos Dumont apenas para levar roupas aos atletas que disputam os Jogos Abertos Comunitários de Brusque (Jacobs) pode parecer algo improvável nos dias de hoje.

Há alguns anos, entretanto, Eduardo Schulenburg, o Dudinha, de 42 anos, protagonizou a cena. Líder comunitário do bairro Guarani desde a segunda edição dos Jacobs (a competição chegou à 23ª edição neste ano), Dudinha é um apaixonado por esportes e não mede esforços em prol do bairro nas competições.

“Essa minha paixão pelo esporte já veio do futebol por causa do Clube Guarani. Eu participei do primeiro Jacobs como atleta. Então o pessoal do clube falou pra eu ajudar também na organização e acabei ficando como líder comunitário”, conta.

A vontade de ajudar o Guarani no Jacobs é revelada antes mesmo de a entrevista chegar a esse tópico. Realizada no ginásio do bairro Santa Rita, a conversa entre ele e a reportagem teve de ser interrompida por alguns minutos para que o líder comunitário pudesse disputar parte de uma partida de bocha em substituição a um atleta que ainda não havia chegado.

“Isso que é complicado. Hoje em dia o pessoal não tem tanto compromisso quanto tinha antigamente. Se eu não tivesse jogado nesse início, o Guarani teria sido eliminado dessa modalidade”, explica ele, depois da chegada do competidor.

Embora lamente a falta de comprometimento de alguns participantes, Dudinha não larga os Jacobs. É ele quem, ano após ano, recolhe as fichas com o nome dos atletas e repassa à Prefeitura de Brusque.

Durante os anos dedicados, voluntariamente, ao bairro, Dudinha também protagonizou outras cenas curiosas, como a de ir de bicicleta até as casas dos moradores do Guarani para recolher as assinaturas dos participantes dos jogos.

“Nas primeiras edições eu pegava realmente firme. Convencia as pessoas a participar, ligava, ia até as casas. Com o tempo isso foi passando. Antigamente todo mundo era mais unido. Para o desfile de abertura dos jogos, por exemplo, todo mundo queria participar, hoje é difícil de conseguir duas pessoas”, lamenta.

Além de líder comunitário, Dudinha também joga bocha e dominó durante os jogos. Como líder do bairro, ele sempre foi um incentivador. Durante algumas competições, ele auxiliava na compra de água para os atletas e também, após as partidas, auxiliava nos prêmios, com rodadas de cerveja e de petiscos aos participantes.

“Com tudo que eu já gastei durante os jogos eu poderia comprar um carro zero para mim”, brinca. “Mas sempre valeu a pena. É muito legal toda essa interação dos jogos. E a gente faz amizade com muitas pessoas de outros bairros também. A gente ajuda nos jogos por amor”, acrescenta o líder comunitário.

Em 23 anos de competições, o Guarani ainda não levantou a taça. O máximo que conseguiu alcançar foi um quarto lugar na classificação final. Atualmente, cerca de 100 moradores do bairro disputam 20 modalidades. Entre as modalidades, o bairro se destaque em bocha, em vôlei e em futevôlei.

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