Membros de facção criminosa são condenados por homicídio, em Brusque

Penas de Thomaz Schlindwein e Sayron Cortez Pereira Alves, somadas, chegam a 39 anos de prisão

Membros de facção criminosa são condenados por homicídio, em Brusque

Penas de Thomaz Schlindwein e Sayron Cortez Pereira Alves, somadas, chegam a 39 anos de prisão

“Foi um dia muito sofrido, mas hoje foi feito justiça”, afirma a mãe de Willian Pacheco, assassinado em 16 de janeiro de 2016, no bairro Limeira. Era por volta das 17h50 desta quarta-feira, 6, quando o tribunal do júri decretou a condenação de Thomaz Schlindwein e Sayron Cortez Pereira Alves pelos crimes de homicídio e porte ilegal de arma de fogo.

Schlindwein, considerado o mandante do crime, foi condenado a pena de 20 anos e oito meses de reclusão, em regime fechado. Já Alves, executor do crime, réu confesso, deverá cumprir a pena de 18 anos em regime fechado, mais sete meses em regime semiaberto. Aos dois houve diversos agravantes, entre eles, o fato dos dois integrarem uma facção criminosa catarinense.

Durante a sessão, Schlindwein negou o tempo todo o crime, inclusive afirmava desconhecer Alves. Porém, diversas provas foram apresentadas aos jurados, como interceptações telefônicas, objetos e também uma carta recebida de um líder do grupo criminoso. Alves, por sua vez, confessou o homicídio, mas também negou ter algum contato com Schlindwein.

Segundo apurado na denúncia, Schlindwein mandou Alves matar Pacheco devido a desentendimentos em razão dos relacionamentos amorosos.

Alves recebeu a missão e sabia que se executasse o crime com sucesso, ganharia visibilidade perante o grupo criminoso e seria visto pelos demais integrantes como uma pessoa confiável. Ele então marcou um encontro com a vítima, no bairro Limeira, e de forma completamente fria, sacou uma arma e disparou sucessivamente contra Pacheco.

Três dos tiros acertaram a cabeça e um as costas, o que o levou à morte. Após o crime, Alves entrou no carro de outro homem e com o uso da arma de fogo que era apontada em sua direção, o constrangeu mediante violência e ameaças de que se comentasse algo, o mataria também, de acordo com o inquérito. A arma utilizada no crime foi adquirida por Schlindwein, sem autorização legal.

Alves foi preso no dia 8 de abril durante uma operação da Polícia Civil. Em 27 de abril, Schlindwein foi preso pela Polícia Militar em Navegantes. Aos dois não concedido o direito de recorrer em liberdade, devido ao alto grau de periculosidade e por integrarem uma facção criminosa.

A mãe de Pacheco, que acompanhou toda a sessão, diz que esperava pela condenação dos dois, contudo, lamenta pois “nada disso trará o filho de volta”. “Eu tenho pena da mãe deles, pois o meu filho eu sei que agora está em paz, mas e o delas?”, questiona.

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