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Bastidores da política e do Judiciário, opiniões sobre os acontecimentos da cidade e vigilância à aplicação do dinheiro público

Editorial: Brusque, a cidade acolhedora

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Bastidores da política e do Judiciário, opiniões sobre os acontecimentos da cidade e vigilância à aplicação do dinheiro público

Editorial: Brusque, a cidade acolhedora

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A migração, desde os primórdios, sempre esteve presente na evolução humana. Para se ter uma ideia, estima-se que atualmente 2 milhões de estrangeiros vivam legalmente no Brasil, conforme dados atualizados em 2024.

Na região Sul, é de conhecimento público a grande influência da imigração. Há uma forte presença de descendentes de italianos, alemães, poloneses, entre outras nacionalidades. Esses movimentos nunca pararam de acontecer, mas nos últimos anos tem havido uma intensificação. Conforme o IBGE, o país registrou um aumento de 15% no fluxo migratório no ano passado.

Brusque não foge a essa realidade. Conforme reportagem publicada nesta quinta-feira, os movimentos migratórios são expressivos no município. Nos últimos cinco anos, quase mil estrangeiros vieram morar no município legalmente. Em relação aos estados, somente os quatro primeiros da lista somam quase 10 mil pessoas que migraram para Brusque, também nos últimos cinco anos.

Como vimos na matéria, essas pessoas vem em busca de emprego, segurança e mais qualidade de vida. Quando se olha para os números, a princípio parece ser pouco. Mas a título de comparação, somente o número de paraenses que se mudaram para Brusque – mais de 3 mil, quase se aproxima da população de Botuverá, que é de 5 mil pessoas.

Dessa forma, trata-se de um fluxo migratório intenso, que ao mesmo tempo gera desafios e oportunidades. O desafio é no sentido de se aumentar a infraestrutura da cidade para receber novas pessoas, com escolas, equipamentos de saúde e estrutura viária. Cabe ao poder público analisar os dados e se antecipar a esses movimentos, de modo que a cidade seja capaz de receber adequadamente todos que aqui buscam construir sua história de vida.

Por outro lado, o fluxo de migrantes é benéfico para o desenvolvimento. No município há sempre uma grande quantidade de vagas de emprego abertas, as empresas estão em constante crescimento, o que exige contratações para os mais diversos cargos.

Isso vai ao encontro do que buscam os migrantes, que vem para cá querendo oportunidades de emprego que são mais escassas em seus locais de origem. Imagine-se um cenário em que não houvesse a imigração da forma como há hoje, a escassez de profissionais seria ainda maior, travando o desenvolvimento econômico do município.

Além daqueles que saem de seus estados em busca de melhores condições econômicas, há também o fluxo migratório internacional, em que sobretudo haitianos e venezuelanos se estabelecem no município, em busca de escapar das condições adversas em que viviam em seus países de origem.

Esses dados reforçam a vocação de Brusque como uma cidade acolhedora, que recebe migrantes de todas as nacionalidades há 165 anos, e continua a receber, de forma equilibrada e sustentável, as novas culturas que chegam na cidade para contribuir com o desenvolvimento do município.

 

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