Em 2018, número de mortos no trânsito em Brusque foi o menor dos últimos seis anos

Motociclistas e homens continuam sendo as maiores vítimas fatais

Em 2018, número de mortos no trânsito em Brusque foi o menor dos últimos seis anos

Motociclistas e homens continuam sendo as maiores vítimas fatais

Em 2018, Brusque registrou o menor número de mortes no trânsito dos últimos seis anos: 16. Foram sete a menos que 2017 e uma a mais do que as 15 registradas em 2013, ano com o menor número de vítimas fatais no trânsito do município desde 2006.

Se comparado 2017 com 2018, a redução no número de mortes foi de 30%. O comandante do 18º Batalhão da Polícia Militar de Brusque, tenente-coronel Otávio Manoel Ferreira Filho, diz que a queda nas mortes é resultado de um trabalho que está sendo realizado há muito tempo no município. “Estamos apostando na educação no trânsito, palestras em empresas, em escolas e também no trabalho da fiscalização que pesa muito”, diz.

De acordo com ele, a fiscalização da Polícia Militar está mais rígida, o que tem refletido positivamente nas estatísticas. “Estamos cobrando muito o uso do cinto de segurança, por exemplo. Todos sabemos que o uso do cinto faz com que as sequelas de um acidente sejam menores. Em um acidente sem cinto de segurança, as chances de morte são muito maiores”, destaca.

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Ferreira Filho também ressalta as mudanças na legislação de trânsito, principalmente no que se refere ao álcool, e também às multas mais rígidas. “Hoje percebemos que a cultura do beber e dirigir já está mudando em nossa cidade, as pessoas sabem que tem fiscalização e evitam sair dirigindo. As multas também estão mais pesadas, o que reflete no comportamento dos motoristas”.

O comandante comemora a redução, entretanto, diz que há ainda muito trabalho a ser feito em relação ao trânsito de Brusque, principalmente com os motociclistas, que, mais uma vez, foram os que mais morreram no trânsito brusquense.

Em 2018, dos 16 óbitos, oito foram de motociclistas. “A nossa frota de motos gira em torno de 25% a 28% e os óbitos de motociclistas ficaram em 50%. O que é um número muito grande”, destaca.

Além do grande número de mortes de motociclistas, chama a atenção também o alto número de pedestres que morreram em 2018: quatro. O comandante da PM diz que este é um número anormal e que é preciso atenção dos pedestres, principalmente na hora de atravessar a rua. “É uma preocupação quanto ao pedestre. Por saber que tem prioridade no trânsito, muitas vezes não toma o devido cuidado”.

Os homens também seguem sendo as principais vítimas do trânsito brusquense. Em 2018, dos 16 óbitos, 12 foram homens. Para o tenente-coronel, esta é uma questão cultural.

“Faz parte de uma cultura masculina, o menino desde criança é sempre mais agitado, a educação familiar é diferente. Isso acaba refletindo no trânsito. A mulher transita com mais cautela, com mais precaução. Também é importante levar em consideração que o número de homens dirigindo é bem maior do que o de mulheres”.

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Imprudência e alta velocidade foram os principais motivos

De acordo com o levantamento realizado pela PM de Brusque, cinco mortes tiveram como causa provável em 2018 a imprudência somada à alta velocidade. A falta de atenção mais alta velocidade também são apontadas como a principal causa para outras três mortes no ano passado.

O tenente-coronel avalia que um dos problemas de Brusque é o fato de a cidade não ter fiscalização eletrônica de velocidade, o que faz com que abusos aconteçam com mais frequência.

“Qualquer cidade mais moderna, qualquer país desenvolvido, tem os controladores de velocidade. Claro que tem que se fiscalizar em velocidade compatível com a via. Esta é uma ferramenta que não pode se abrir mão, o que não pode é ser abusiva. A lei foi feita para pegar a minoria, quando pega a maioria é porque está no caminho errado”, avalia.

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