Hoje, finalmente, estamos de volta aos filmes que foram lançados 30 longos anos atrás. E a seleção de hoje foi pinçada de uma lista super bem recheada, mandada pelo colaborador vitalício dessa conversa, Eduardo Loos.

Bastante didático (e lógico, porque não tem melhor maneira de classificar filmes, ainda mais daquela época!), ele dividiu a lista entre filmes sérios e filmes Sessão da Tarde – aqueles que deixaram uma marca emocional permanente, que nem o laser tiraria. Ou será que um remake mal feito faria esse papel abrasivo?

Vamos a eles, começando, hoje, pelos que são reconhecidos pela Academia. Semana que vem a gente chega nos mais queridinhos por quem viveu aquela “velha infância”!

O Último Imperador

Este foi o filme lançado em 1987 que levou o Oscar de Melhor Filme no ano seguinte. Dirigido por Bernardo Bertolucci, conta a história do último imperador da China, que foi mantido como figura decorativa pelo governo comunista, até ser considerado criminoso político. É daquelas histórias obrigatórias, já que não são contadas nas aulas de História. O filme também levou os prêmios de Direção e Roteiro Adaptado.

                A Festa de Babette

A obra dinamarquesa levou o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro, em um caso quase raro de filme cult que consegue um pouco de apelo popular. Talvez porque reúna dois temas que nos tocam: sonhos e comida.

A colisão entre os hábitos severos da pequena comunidade onde Babette, uma francesa refugiada da guerra franco-prussiana, saudosa das iguarias que deixou em seu país de origem e que tem a oportunidade de matar essa saudade fazendo um banquete inesquecível… é inesquecível.

                Os Intocáveis

É um daqueles casos de injustiça da Academia: o filme que conta a história dos policiais que conseguiram pegar Al Capone nem chegou a concorrer a melhor filme (para indignação do Eduardo!). O filme ganhou uma só estatueta careca, para Sean Connery – e concorria apenas a outros três prêmios, todos técnicos. Sob a batuta de Brian de Palma, o elenco é soberbo: tem Robert de Niro, Kevin Kostner, Andy Garcia

Talvez o público acostumado ao ritmo dos filmes atuais não consiga apreciar o estilo da obra, mas não tem como deixar de recomendar. Indispensável!

Nascido para Matar

Pulamos direto para os ignorados pela Academia (ele teve só uma indicação, a roteiro adaptado). O filme de Stanley Kubrick, Full Metal Jacket no original, influenciou o jeito de contar histórias na tela nos anos seguintes. E é um dos principais filmes sobre a guerra do Vietnã, com uma mensagem bastante crítica. É mais um que deveria ser estudado nas escolas.

Bom dia Vietnã

E por falar nisso… a listinha de hoje termina com um filme que quase pode ser um híbrido entre os filmes “oscarizáveis” e os programáveis para a sessão da tarde. O filme estrelado por Robin Willians – e que tem aquela que talvez seja a melhor trilha sonora do ano! – foi dirigido por Barry Levinson. Na sua mistura de comédia e drama, mostra como ser inconformista pode mudar coisas que parecem imutáveis.

E ainda teria para destacar Império do Sol, Atração Fatal, Coração Satânico, Wall Street