Em fase final, macrodrenagem é esperança no Nova Brasília

Estrutura ainda carece de reforma estrutural, que será feita paralela à ampliação da rua Joaquim Zucco

Em fase final, macrodrenagem é esperança no Nova Brasília

Estrutura ainda carece de reforma estrutural, que será feita paralela à ampliação da rua Joaquim Zucco

Considerada concluído, o túnel da obra de macrodrenagem do bairro Nova Brasília ainda deve passar por manutenção. Apesar da pendência, representantes da Prefeitura de Brusque estão otimistas quanto à funcionalidade da estrutura em caso de necessidade de escoamento no entorno até o término dos serviços. O sistema na rua Osvaldo Niebuhr será complementado com o aumento da capacidade de escoamento da rua Joaquim Zucco.

De acordo com a diretora do Departamento Geral de Infraestrutura (DGI), Andrea Volkmann, os trabalhos no trecho da Osvaldo Niebuhr estão em estágio de finalização. Tanto ela, quanto o engenheiro e fiscal Rafael Kniss consideram o término das atividades no bairro até início do próximo ano.

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Para Andrea, os efeitos do período de chuvas de verão à população do entorno é motivo de preocupação. De acordo com ela, intenção é resolver o problema e evitar novos efeitos no bairro. Apesar da necessidade de melhorias, a existência de uma ligação já permite o uso da estrutura de macrodrenagem em casos de alagamentos. “Vamos conseguir trabalhar na reforma, sem prejudicar a comunidade”.

Sem imprevistos, indica que o cronograma para o trecho principal deve ser concluído até o fim de outubro. Já a Joaquim Zucco, ponto considerado menos grave pelos engenheiros em comparação à Osvaldo Niebuhr, será feita a ampliação da vazão até  janeiro.

Reforma estrutural
De acordo com Kniss, após cinco anos de obras, parte da estrutura precisará receber manutenção. Entre os serviços necessários está a substituição de chapas metálicas, onde foi constatada corrosão e deformação. Os serviços se prolongam por 25 metros. Além dele, em outros 80 metros haverá conferência dos parafusos instalados. Já foram constatadas oxidações, problemas de fixação e ausência deles. Também será preciso preencher o entorno da tubulação com solo cimento, uma mistura de cimento e argila.

Kniss atribui os problemas na estrutura a erros de execução da empresa que era responsável pela obra. De acordo com ele, o assunto é considerado delicado por falta de histórico de execução. “A obra estava em uma situação muito precária. Não tinham capacidade técnica para executar”.

A decisão de reformar o trecho, segundo Andrea, foi tomada após avaliações e consultas técnicas, como ao Clube de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Brusque (Ceab). Em alguns pontos, o túnel está a 10 metros de profundidade. “É uma questão que precisamos ter uma confiança muito grande”.

De acordo com Kniss, no último alagamento do bairro, em 2017, o túnel ainda não estava finalizado. Na época, lembra, a obra estava pela metade. De acordo com os engenheiros, o foco tem sido em manter o cronograma de atuação, como forma de garantir a tranquilidade de moradores e empresários.

PAC mobilizou moradores
Motivados pelas obras do PAC, moradores do Nova Brasília retomaram as atividades na associação local, a Amonbra, há cerca de um ano e meio. A entidade havia ficado inativa por cerca de oito anos.

“Me chamava a atenção que as pessoas não queriam ficar aqui”, lembra o presidente Marciel Grimm. Para ele, levando em conta a importância industrial e logística do bairro, a situação encontrada na época era de “abandono”. Ele estima a existência 60 empresas no bairro.

Depois de tanto tempo inativa, lembra, a associação não tinha recursos em caixa para operar. Com a morosidade para uma resolução e finalização do projeto, o grupo recorreu ao Ministério Público. Para os primeiros ofícios a serem encaminhados, solicitando informações e cobrando o andamento da obra, as folhas de papel utilizadas vieram de doação da comunidade local.

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Desde o início das atividades, destaca a atuação da entidade em fiscalizar o andamento da obra e reduzir a morosidade dos serviços. Na avaliação dele, o acompanhamento que o empreendimento recebia do poder público não era o ideal. Segundo ele, com o avanço da obra, seria possível ter evitado ou amenizado os efeitos das últimas enchentes de maior efeitos no bairro, como a de 2017.

A solução dos alagamento é considerada um dos principais investimentos para melhorar a qualidade de vida dos moradores, segundo o presidente. Para ele, além dos prejuízos gerados para famílias e empresas, muitos dos moradores do entorno dos pontos mais críticos sofrem com os efeitos psicológicos das recorrentes perdas e risco que são submetidos.

De acordo com ele, os sucessivos problemas no andamento das obras e as trocas de empresas responsáveis pelos serviços geram apreensão entre os moradores. O cenário, somado à falta de cobrança da prefeitura para uma execução mais eficiente, é avaliado como determinante. ”Foi um erro administrativo. Nós, como associação organizada, passamos à fiscalizar a obra, algo que competia à prefeitura”.

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