O relativismo moral que tanto temia o Papa Emérito Bento XVI está mostrando suas garras de maneira assustadora. Em nome da liberdade e da tolerância, se está cada vez mais ampliando o caos moral em todas as nações do mundo, principalmente na Europa, berço da civilização ocidental. Quer queiram ou não, ninguém pode negar que ela foi toda montada através dos cânones morais da bíblia particularmente sobre os Evangelhos de Jesus Cristo.

Há uma procura universal de encontrar uma nova ordem de comportamento, com desleixo das virtudes que tanto prega aqueles documentos sagrados. É de se supor que o conforto material alcançado a partir da Segunda Guerra Mundial pelos europeus fez com que abandonassem o relicário de virtudes cristãs cultivado. A abundância está levando a decadência moral.  

Os ganhos da ciência principalmente a medicina, trouxe memoráveis avanços em menos de um século do que toda história da humanidade anterior. Criou-se uma série de produtos (ou remédios) que permitiram alterar todo o comportamento fisiológico do corpo humano, até a monstruosa manipulação genética, para satisfazer muito mais o egoísmo humano do que uma terapia de recuperação das doenças clássicas. Neste viés vamos encontrar todo um arsenal de anticoncepcionais, onde se destaca os abortivos, ou a pílula do dia seguinte. A caixa de Pandora se abriu. O sexo ficou liberado. A busca do prazer desenfreado, e não mais a função da sexualidade para perpetuação da espécie, se tornou a única razão de vida.

A garantia da não maternidade permitiu o prazer sem limite do sexo com a conivência da mulher. Com isto esgotaram-se todas as sensações lúdicas; partiu-se para formas aberrantes de satisfação, criando-se um abismo existencial.  

No paroxismo das maldades, um grupo de pedófilos está postulando (se já não ocorreu) um partido político para assento no parlamento holandês; para legitimar seus desvios com o título eufemístico “amor intergeracional”. Tudo isto sendo proposto pela capa da liberdade e da tolerância às minorias. Esgotou-se o prazer pela mulher; esgotou-se o “prazer” de gênero; volta-se agora contra as crianças (infantofilia), desprotegidas. 

Para completar, vem agora a bestialidade (zoofilia), prática do sexo com animais. Esta prática foi legalizada na Alemanha em 1969, (como também Bélgica, Dinamarca e Suécia), “desde que o animal não seja maltratado de forma significativa”. Conquistado por ativistas pró direito dos animais. Felizmente o bom senso prevaleceu. Em fevereiro de 2013 foi abolida na Alemanha, sob protesto dos ativistas. Em Berlim portavam cartazes do tipo: “amamos os animais”, “condenamos qualquer violência que possa causar sofrimento e nos machuca ver animais sofrerem”. Argumentos pelo sofrimento dos animais por não mais gozarem o prazer sexual (?). Pasmem. Estamos nos nivelando. A barbárie está chegando.