Em reunião, engenheiros e arquitetos analisam situação das pontes de Brusque

Durante o encontro foram apontados alguns motivos que podem ter causado danos às estruturas

Em reunião, engenheiros e arquitetos analisam situação das pontes de Brusque

Durante o encontro foram apontados alguns motivos que podem ter causado danos às estruturas

Com o objetivo de debater sobre as pontes e obras públicas de Brusque, o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) Núcleo Brusque realizou uma reunião no fim de julho. O encontro on-line discutiu os projetos, execução, fiscalização e manutenção das estruturas no município.

A reunião teve a presença de representantes de entidades da cidade, como o Observatório Social de Brusque, o Clube de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Brusque (Ceab), além de membros do IAB e alunos do curso de Engenharia Civil da Unifebe.

Armando Micelli Teixeira é engenheiro civil e na oportunidade representou o Ceab. Ele explica que o encontro debateu o motivo da falência das pontes João Libério Benvenutti, próximo ao Santos Dumont, e da ponte Prefeito Antônio Heil, no bairro Guarani, além das interdições nas pontes dos bairros Limeira e Dom Joaquim.

Ele afirma que o crescimento da cidade, uso intensivo das estruturas, o aumento de tonelagem rodante, projetos feitos em épocas passadas onde as necessidades eram menores e as obras feitas com poucos recursos estão entre os motivos que causaram danos às pontes.

De acordo com o engenheiro civil, a causa principal das quedas das pontes é a pouca fundação.

“Foi mostrado que as fundações dos dois reparos feitos na ponte Arthur Schlösser, próxima ao terminal, e na ponte João Libério Benvenutti, próximo ao Santos Dumont, são quase oito vezes mais fortes do que as fundações que existiam e foram reparadas”, pontua.

Ele acrescenta que as fundações mais atingidas e que estão embaixo d’água são as que sofrem mais e precisam ser reparadas primeiro.

“Ficou claro que as fundações devem ser reparadas imediatamente. Para reparar uma fundação, em geral, o custo é de R$ 500 mil. É um custo modesto se comparado com o custo de não reparar a fundação e a ponte cair, que seria algo em torno de R$ 10 milhões. Ou seja, se cair vai ser 20 vezes mais caro”, explica o engenheiro.

Evitar novos prejuízos

O presidente do IAB, Marco Teodoro Kohler, explica que um dos objetivos era reunir as entidades e entender como elas podem auxiliar para que a comunidade não tenha mais prejuízos com as quedas ou interdições das estruturas. “O Observatório Social colocou como eles fazem o acompanhamento das licitações e das obras, além das fiscalizações”.

Ele diz que ficou contente com a decisão da prefeitura em licitar os laudos que devem avaliar dez pontes da cidade. “Isso era o que me preocupava. Parece que cada administração que entra só toca adiante e não vê o patrimônio que tem. Então quando o novo prefeito e a administração entram, é importante que se faça um laudo para levantar o estado de como estão as obras e pontes, que são mais complicadas”.

Marco também explica que quando o nível de água do rio está baixo, as estacas ficam expostas pois a água vai tirando a areia e, consequentemente, elas ficam mais fracas. “Elas são feitas para suportar peso, não movimento lateral, então as estacas normalmente são os problemas das pontes, as fundações”.

Além de debater sobre os problemas, os participantes aproveitaram para elogiar o trabalho desempenhado pela Prefeitura de Brusque. Segundo Armando, as ações da administração municipal devem resolver a situação.

Marco diz que a partir de agora o IAB pretende ter mais diálogo com as demais entidades para acompanhar e fiscalizar junto, além de prestar auxílio para a comunidade.

“Até pedi para que todos os associados e alunos que verem uma obra com problema para denunciarem nos órgãos competentes, que é o nosso caso, para encaminharmos à prefeitura para tomar providências”.


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