Em visita a Brusque, deputado Gilson Marques fala sobre governo Bolsonaro: “a pauta econômica é sensacional”

Congressista, que é de Pomerode, palestrou no hotel Monthez neste sábado

Em visita a Brusque, deputado Gilson Marques fala sobre governo Bolsonaro: “a pauta econômica é sensacional”

Congressista, que é de Pomerode, palestrou no hotel Monthez neste sábado

O deputado federal Gilson Marques, (Novo-SC), esteve em Brusque neste sábado, 4, quando proferiu a palestra “Mais Brasil, Menos Brasília”, no hotel Monthez. Ele estava acompanhado do deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS), o qual também foi palestrante do evento.

Pouco antes da palestra, marcada para as 11h, Marques e Van Hattem conversaram com jornalistas. Entre os temas abordados, os primeiros meses da presidência de Bolsonaro, a relação do governo com o Congresso, os planos do partido Novo e a reforma da Previdência, tema mais evidente neste primeiro semestre.

Marques, que é de Pomerode, foi o único eleito deputado federal do Vale do Itajaí. Apesar disso, afirma que irá representar o estado todo. “Nós representamos uma ideia, fiz votos em 204 municípios, gosto muito de Brusque, trabalhei muito tempo aqui”, diz o deputado.

“O que a gente menos precisa é pensar de forma territorial, porque ao prestigiar um setor às vezes automaticamente desprestigia outros”, avalia Marques, que é advogado.

Pacto federativo

O deputado catarinense afirmou que rever o pacto federativo – divisão de receitas e atribuições entre municípios, estados e União -, é uma pauta que é foco do partido Novo.

“Hoje o Brasil é uma federação de brincadeirinha”, diz. “Santa Catarina é um dos estados que mais sofre no Brasil, com relação a recurso financeiro, recebe só 2,41% do que arrecada. Isso não beneficia nem o estado que produz, nem aquele que recebeu mais do que arrecada, porque o desmotiva”, discursa, e faz uma comparação.

“No Brasil se penaliza o estado que mais produz e se beneficia o que menos produz, é como se você desse comissão para o vendedor que menos vende”.

Segundo o deputado, está na pauta do governo federal um projeto para rever essa situação, mas trata-se de um assunto complicado de ser modificado no Congresso.

Governo Bolsonaro

Questionado sobre os primeiros meses do governo do presidente Jair Bolsonaro, Marques destacou pontos positivos e negativos. Inicialmente, teceu elogios à pauta econômica do governo.

“A pauta econômica é sensacional, feita basicamente pelo Paulo Guedes, é liberal e tem que ser implementada”, afirma.

Para ele, é motivo de comemoração a medida provisória recém assinada pelo presidente, que trata da liberalidade econômica no país. “O efeito positivo é incalculável daqui para frente”, afirma.

Marques confia que a reforma da Previdência será aprovada, embora estime que isso só ocorra no fim do ano, entre setembro e outubro, e afirma que é preciso fazer uma reforma tributária logo na sequência.

Como ponto negativo do governo, afirma que há uma necessidade de aparar arestas com mais traquejo político. “Conversar melhor com as pessoas, se organizar melhor de forma partidária, fazer uma conversação mais próxima com o Congresso. O Novo não faz parte da base do governo, mas não torce contra”, afirma.

Relação com Congresso

O deputado do partido Novo afirma que não está tendo problemas no relacionamento com os demais congressistas, alguns com décadas de atuação em Brasília.

Ele destaca que o partido não negocia cargos e benefícios para as votações, e inclusive abriu mão de uma posição importante a que teria direito, sem retaliar ninguém.

Trata-se da relatoria da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Segundo Van Hattem, a vaga foi oferecida ao Novo, e Marques era o membro titular do partido na comissão, mas o convite foi retirado “na hora H”.

“Esse apoio é sem exigência de contrapartida, coisa que eles nem estão acostumados”, afirma Gilson Marques. Ele reforça, por outro lado, que a atuação dos congressistas do partido já tem rendido frutos. Na comissão especial que vai debater a reforma, por exemplo, o Novo terá duas vagas, em vez da única a que teria direito, se fosse seguido como único critério o tamanho da bancada.

 

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