Emoção, tração e muita lama: o que move os participantes do Jeep Cross na Fenajeep

Equipes de diversos estados brasileiros disputam para obter o melhor tempo na pista

Emoção, tração e muita lama: o que move os participantes do Jeep Cross na Fenajeep

Equipes de diversos estados brasileiros disputam para obter o melhor tempo na pista

Após três anos a Festa Nacional do Jeep (Fenajeep) voltou a ser realizada e 45 pilotos garantiram suas vagas para correr pela prova que deu início ao evento, o Jeep Cross. Assim como a festa, já são 28 anos da prova que pontua para o campeonato brasileiro e catarinense da categoria.

Para garantir o pódio, o piloto precisa buscar pelo melhor tempo no trajeto externo e interno da pista. Conforme o diretor de provas indoor, Bruno César Lang, ao longo do período de prova, que foi das 11h às 16h deste sábado, 18, o piloto poderia correr quantas vezes conseguisse. Em média, cada participante corre cerca de seis vezes, e para montar a classificação, são somados os melhores tempos, da pista interna e externa.

Adrenalina segue fora da pista

Beatriz Coan/O Município

Para quem olha de fora, a adrenalina de ser piloto de Jeep Cross é certa, mas a emoção não fica somente para ele. A cada rodada diversos contratempos aparecem. É motor que aquece, correia que arrebenta, entre outros problemas mecânicos que surgem por levar o veículo ao limite.

A equipe da cidade de Doutor Maurício Cardoso, RS, do piloto Eduardo Boer, 29 anos, foi uma das que enfrentou alguns contratempos. Em uma das voltas a correia do alternador e da bomba de água, responsáveis por resfriar o motor, arrebentou. Para evitar que o motor ficasse muito aquecido, o jipe precisou ser retirado da pista pelo veículo de resgate.

Beatriz Coan/O Município

Mesmo com a correia arrebentada e sem poder ligar o jipe, a equipe, composta por cerca de 15 pessoas decidiu voltar para a fila. Como existe limite de tempo de prova, os participantes tentam correr o maior número de vezes e, para não perder o lugar, decidem fazer a manutenção ao longo da fila.

O preparador de motor, Sidnei Flores Bertei, 44 anos, conta que já está acostumado com os contratempos que surgem. “A emoção é legal porque a gente está ajudando o piloto e estamos acostumados. O normal é arrumar durante a fila, não tem nada de anormal”, revela.

Beatriz Coan/O Município

Ele conta com dez anos de experiência trabalhando em competições off-road e mais de 20 anos com preparação de motor. Questionado sobre como é fazer isso, ele revela que, apesar de estar acostumado, a ansiedade ainda aparece. “Um pouco de ansiedade dá, mas tem que trabalhar, tem que fazer o veículo andar”, conta.

Para conseguir o melhor resultado, a equipe precisa estar bem unida e sincronizada. Somente na parte mecânica são cinco pessoas atuando, sendo uma delas o Sidnei e as outras quatro ficam na assistência. Sem conseguir ligar o motor, enquanto fazem os reparos no veículo, outra parte da equipe precisa empurrar o jipe para acompanhar a fila.

“A gente trabalha, mas a vida não é só trabalho”

Beatriz Coan/O Município

O piloto Rudimar Uberti, 39 anos, é atraído pela aventura. Vindo da cidade de Flores da Cunha, da Serra Gaúcha, a paixão pelo off road veio com as trilhas da cidade.

Tomando gosto pela adrenalina, junto com um amigo, ele decidiu montar seu primeiro veículo para participar de competições. A dupla começou a participar da Fenajeep com uma gaiola 4×2 no ano de 2017. Após duas edições, Rudimar decidiu vender a gaiola e montar o jipe 4×4.

Esta edição foi a sua estreia na categoria e, apesar dos contratempos, ele considerou boa. “A estreia foi muito boa. As expectativas são sempre as melhores, mas meu jipe está meio que falhando, então vamos ter que dar mais uma olhada”, contou.

Cada rodada existe a possibilidade de alguma peça estragar e para manter a atividade é preciso investimento. Apesar do alto custo, Rudimar segue com o hobby. “É um hobby. A gente trabalha, batalha pra sobreviver, mas a vida não é só trabalho. Jeep Cross é um investimento alto, todo mundo que faz sabe, mas pra quem gosta vale a pena”, afirma.

Um dos motivos de continuar praticando a atividade é a emoção. “O frio na barriga é eterno. Eu estou andando o campeonato brasileiro desde o início, então cada prova é uma adrenalina, é uma emoção. Pode estar concentrado o quanto for, mas chegou na hora a tremedeira bate. Espero nunca perder essa essência, essa adrenalina que é muito boa”, revela.

Programação

Sábado, 18
– 21h – Encerramento do Salão Off-Road

Domingo, 19
– 8h – Abertura de bilheteria e estacionamento
– 9h – Início do UTV
– 10h – Abertura do Salão Off-Road
– 10h – Início Desafio Fenajeep
– 11h30 – Encerramento do UTV
– 13h – Início do Jeep Cross
– 15h – Encerramento do Jeep Cross
– 15h – Encerramento do Desafio Fenajeep
– 15h30 – Finais do UTV, Gaiola Cross e Jeep Cross
– 17h – Arriamento da bandeira
– 17h30 – Premiação das categorias
– 18h – Encerramento da 28ª Fenajeep

Ingressos

Entradas
– Quinta-feira, 16: R$ 30
– Sexta-feira, 17: R$ 30
– Sábado, 18: R$ 40
– Domingo, 19: R$ 40
– Passaporte para todos os dias: R$ 70

Estacionamento
– Carro: R$ 30
– Moto: R$ 15

Estudantes e idosos pagam meia entrada (exceto Passaporte). Para crianças de até 10 anos a entrada é livre.


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