Empresa compradora da Remy não garante integração de funcionários

Documento emitido pela Borgwagner fala em "incertezas", entre elas a "manutenção de funcionários chave"

Empresa compradora da Remy não garante integração de funcionários

Documento emitido pela Borgwagner fala em "incertezas", entre elas a "manutenção de funcionários chave"

Prevista para ser fechada até o fim deste ano, a compra da empresa Remy, que tem fábrica e sede administrativa em Brusque, pela multinacional Borgwagner, ainda está cercada de incertezas quanto aos termos em que a transição acontecerá. A empresa compradora ainda não tem certeza, inclusive, quanto ao aproveitamento dos atuais 6,6 mil funcionários da empresa no Brasil.

O Município Dia a Dia teve acesso à íntegra de documento emitido pela Borgwagner para acionistas e para a imprensa internacional. Esse documento traz uma série de poréns sobre a compra da Remy. Cogita, aliás, que ela pode não ser concretizada, dependendo de uma série de fatores.

Inicialmente, o comunicado informa que haverá o aproveitamento de funcionários da Remy. “Estamos ansiosos para receber funcionários talentosos de Remy para BorgWarner. Seus produtos e capacidades irão reforçar a posição da BorgWarner”, disse James Verrier, presidente da empresa.

Segundo a empresa, o comunicado de compra é baseado em perspectivas atuais, expectativas, estimativas e projeções da administração. “As declarações prospectivas estão sujeitas a riscos e incertezas, muitos dos quais são difíceis de prever e geralmente além do nosso controle, que podem causar resultados reais diferentes daqueles projetados”, diz a nota.

A empresa prossegue, afirmando que os riscos e incertezas incluem o não recebimento dos benefícios previstos com a aquisição de Remy, a possibilidade de que as partes não serem capazes de integrar com sucesso as operações de Remy com os da BorgWarner, e “que essa integração pode ser mais difícil, demorada ou cara do que o esperado”.
Preocupação com as receitas

A Borgwagner também estima que as receitas seguintes à transação podem ser menores do que o esperado, que pode haver perda de clientes e problemas nos negócios, “incluindo dificuldades em manter relacionamentos com funcionários, clientes ou fornecedores”.

Em relação à manutenção de funcionários, destacada pelo presidente da Borgwagner quando do anúncio da compra da Remy, as notas explicativas esclarecem que talvez “a retenção de funcionários-chave na Remy não pode ser alcançada, e as condições para a a conclusão da transação pode não ser satisfatórias”.

A empresa manifesta preocupação, também, em relação às aprovações regulatórias necessárias para a transação, que podem “não ser obtidas conforme o cronograma previsto”. Ha pendência, ainda, relacionada à aprovação dos acionistas da Remy. Adson Silva, da direção da Remy em Brusque, afirma que ainda não há novidades a serem informadas, por ora.

Fundada em 1896, Remy International é uma fabricante e distribuidora de alternadores, motores de arranque e motores de tração elétrica para a indústria automotiva e de veículos comerciais. Com sede em Pendleton, nos Estados Unidos, com operações nos cinco continentes e dez países, entre eles o Brasil, onde tem unidades em Brusque e em São Paulo.

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