Empresas de Nova Trento, pertencentes à mesma família, são citadas em investigação por contratos sem licitação em Porto Belo

Secretário e presidente da Fundação do Meio Ambiente foram afastados do cargo

Empresas de Nova Trento, pertencentes à mesma família, são citadas em investigação por contratos sem licitação em Porto Belo

Secretário e presidente da Fundação do Meio Ambiente foram afastados do cargo

A Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou nesta quarta-feira, 8, a “Operação Unificação”, para investigar supostas irregularidades em contratos de coleta de resíduos em Porto Belo.

As empresas investigadas, que pertencem a uma mesma família e têm sede em Nova Trento, teriam sido contratadas sem licitação após a rescisão de contratos com prestadoras que haviam vencido o processo licitatório.

Segundo a 4ª Delegacia de Combate à Corrupção (4DECOR), a Secretaria de Obras e a Fundação do Meio Ambiente (Famap) de Porto Belo justificaram as contratações emergenciais alegando urgência no serviço.

As apurações apontam ainda que os valores pagos teriam aumentado de forma expressiva após a unificação da coleta de lixo orgânico e reciclável.

Durante a operação, o secretário de Obras, Fernando Amadeu Raulino, e o presidente da Famap, Francis Francisco Lopes Pinheiro, foram citados em mandados de busca e apreensão.

Ao todo, 12 ordens judiciais foram cumpridas em endereços ligados a servidores públicos e empresários de Porto Belo e Nova Trento.

A ação contou com apoio da Coordenadoria Estadual de Combate à Corrupção (CECOR), das demais delegacias especializadas (1DECOR, 2DECOR e 3DECOR), do Laboratório de Lavagem de Dinheiro (LAB/DEIC), da Delegacia Regional de Brusque e da Delegacia da Comarca de Porto Belo.

A Polícia Civil informou que os materiais apreendidos serão analisados para determinar a extensão do possível esquema e o envolvimento de agentes públicos e privados.

Prefeitura emite nota

Em nota oficial, a Prefeitura de Porto Belo confirmou o cumprimento de mandados de busca em endereços ligados ao secretário de Obras e ao presidente da Famap.

A administração municipal ressaltou que, até o momento, não houve solicitação formal de afastamento de ambos e que ainda não recebeu informações oficiais sobre o teor do processo.

A prefeitura informou que a investigação estaria relacionada ao contrato com a empresa Wanat, responsável pelos serviços de coleta seletiva e orgânica. Segundo o município, o contrato anterior da coleta orgânica foi encerrado porque a antiga empresa “não possuía equipamentos adequados para realizar o serviço de forma eficiente”.

Para garantir a continuidade da limpeza urbana, o governo municipal afirma ter realizado uma contratação emergencial e iniciado um estudo técnico para aperfeiçoar o sistema de coleta, conforme recomendações do Tribunal de Contas do Estado.

No caso da coleta de recicláveis, a prefeitura explica que o contrato anterior chegou ao fim e não foi renovado em razão de dificuldades na execução e reclamações da população sobre falhas no recolhimento.

Também neste serviço, foi feita nova contratação emergencial “com base em relatórios e estudos técnicos que definem a atual demanda e as melhores práticas”.

O estudo técnico já foi concluído e está em análise pelas equipes da prefeitura. A Procuradoria Geral do Município informou que buscaria informações detalhadas sobre o processo e reiterou que o governo está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.

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