Empréstimo de R$ 23,9 milhões para a abertura da margem esquerda da Beira Rio é aprovado pelos vereadores

Projeto foi votado nesta quinta-feira, 14, durante a última sessão ordinária de 2017

Empréstimo de R$ 23,9 milhões para a abertura da margem esquerda da Beira Rio é aprovado pelos vereadores

Projeto foi votado nesta quinta-feira, 14, durante a última sessão ordinária de 2017

Os vereadores aprovaram nesta quinta-feira, 14, durante a última sessão ordinária de 2017, o projeto que autoriza a Prefeitura de Brusque a contratar empréstimo junto ao Banco Regional do Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), no valor de até R$ 23,9 milhões.

O foco do projeto é a abertura de aproximadamente quatro quilômetros e pavimentação da margem esquerda da avenida Beira Rio – saindo da ponte dos Bombeiros até a ponte do Santos Dumont – e também contempla recursos para a elaboração do Plano de Mobilidade Urbana de Brusque.

O projeto, que foi tema de audiência pública na semana passada, foi aprovado por unanimidade. Porém, alguns manifestaram preocupação, principalmente porque o texto não contempla as indenizações que devem ser pagas aos moradores da área que será afetada.

“É uma obra que de uma forma ou de outra será importante para a cidade, mas me preocupo com as indenizações. Os moradores vieram me preocupar, porque ainda não foram procurados para conversar sobre o assunto”, destaca o vereador Claudemir Duarte, o Tuta (PT).

Marcos Deichmann (Patriotas) destaca que o rio Itajaí-Mirim não passava pelo local antes de 1975, somente depois desta data, quando foi retificado é que tomou o formato atual, e no local, já existiam moradores.

“Não dá pra dizer que os moradores estão em lugar irregular. Eles estavam ali antes do rio e não há garantias com relação às indenizações, o projeto não visa o pagamento, apenas diz que será com recursos próprios do Executivo, mas não há nada documentado”.

O líder do governo, Deivis da Silva (PMDB), tranquilizou os vereadores em relação às indenizações. “Esta é só uma primeira etapa para uma situação que o governo quer executar lá na frente. Também vai chegar o momento das indenizações. É preciso ter confiança no governo. Quando chegar o momento, a prefeitura vai chamar os moradores para negociar”.

Falta do plano de mobilidade é questionado
O vereador Paulo Sestrem (PRP) levantou a questão do Plano de Mobilidade Urbana de Brusque. O prazo limite para que os municípios tenham seus planos devidamente aprovados é abril de 2018, se isso não ocorrer, perdem o direito de receberem recursos federais para aplicação em mobilidade urbana.

Faltando menos de quatro meses para o fim do prazo, Brusque está com a elaboração de seu plano paralisada, o que, segundo Sestrem é preocupante. “Tenho certeza que o plano de mobilidade vai chegar aqui para ser votado na Câmara em regime de urgência. Se já tivéssemos discutindo isso, trabalhando junto, a aprovação do plano seria muito mais fácil”, afirma.

“Vai chegar aqui no limite, e como poderemos discutir tão rápido algo que é para os próximos 20, 30 anos”, completa.

Para ele, os R$ 23 milhões do empréstimo autorizado pelos vereadores deveriam ser aplicados em outras obras que, em sua visão, são mais prioritárias. “A margem esquerda da Beira Rio deveria estar dentro do plano de mobilidade, para ser feita com esses recursos e os R$ 23 milhões deveriam ser destinados para o anel viário, a duplicação do trecho municipal da rodovia Antônio Heil, entre outros”.

O vereador Ivan Martins (PSD), entretanto, questionou as declarações de Sestrem sobre a falta do plano, já que ele ocupou o cargo de Secretário de Trânsito na gestão de Paulo Eccel. “O senhor está cobrando agora o plano de mobilidade, mas ficou sete anos na Secretaria de Trânsito e não fez. Por que está cobrando agora?”.

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