Entidades não assinam documento de posse da Vila Olímpica e temem que projeto vá por água abaixo

Diante deste cenário de insegurança, os representantes das entidades se dividem entre o pessimismo e a esperança na continuidade do projeto

Entidades não assinam documento de posse da Vila Olímpica e temem que projeto vá por água abaixo

Diante deste cenário de insegurança, os representantes das entidades se dividem entre o pessimismo e a esperança na continuidade do projeto

Uma das principais preocupações apresentadas nas reuniões da Vila Olímpica era com a garantia da continuidade do projeto mesmo diante de mudanças na administração municipal. Como precaução, o agora ex-prefeito Paulo Eccel afirmou que seria elaborado um documento que deixaria os espaços do terreno sob administração definitiva dos representantes das entidades esportivas. A assinatura de posse deveria ocorrer na próxima semana, mas com a mudança no governo municipal restou a incerteza sobre diante da reviravolta política que pode mudar completamente o rumo do maior projeto da história do desporto brusquense.

Agora, com a cassação de Eccel e de seu vice Evandro de Farias, o Farinha, não há a certificação de que o espaço da Vila Olímpica será usado exclusivamente para esse propósito. O projeto, portanto, pode deixar de existir, e o terreno de 480 mil metros quadrados que antes pertencia à empresa Souza Cruz não ter destino definido. Ontem, o prefeito interino Roberto Prudêncio Neto anunciou que passará a semana conversando com seus secretários sobre todos os projetos tocados pelo município, inclusive o da Vila. Na oportunidade, ele deve avaliar a continuidade dos mesmos. No momento, quem está a frente da Fundação Municipal de Esportes (FME), órgão municipal que também participa da projeção da Vila, é Delmar Tondolo. O diretor técnico assumiu de maneira interina no lugar de Deivis Silva, ex-superintendente da pasta.

Diante deste cenário de insegurança, os representantes das entidades se dividem entre o pessimismo e a esperança na continuidade do projeto.

‘Agora acabou’
O presidente da Associação Brusquense de Amigos e Incentivadores da Natação (Abain), Gerson Antônio Knihs, esteve presente nas duas reuniões feitas este ano entre Eccel e as entidades esportivas, e confessou empolgação na época. “Vislumbramos a possibilidade de contar com piscina pública, o que daria espaço para fomentar o esporte com crianças carentes e traria também etapas de competições estaduais e nacionais para Brusque”.

Agora, porém, Knihs se diz inseguro com a construção da Vila por parte do prefeito interino, Roberto Prudêncio Neto, ou do futuro chefe do executivo a ser definido no próximo dia 30. O presidente da Abain lembra que os vereadores que hoje são a situação no governo criticaram o projeto quando eram oposição. “É uma pena, mas acredito que vão parar tudo o que o Paulo (Eccel) estava dando sequência”, afirma.

Apesar do pessimismo, Knihs diz que quer lutar pela Vila. Para ele, o projeto é bom para a cidade e não pode ser vítima de revanchismo político. “Acho que todos nós, representantes das entidades, devemos nos unir e, se não formos chamados para discutir sobre a Vila, devemos solicitar este encontro para expor nossa opinião”.

Esperança de ‘bom senso’
Um dos principais polos esportivos presentes na planta da Vila é o estádio municipal de futebol, que ficaria, a princípio, sob a administração do Brusque Futebol Clube. Danilo Rezini, presidente do time, diz que qualquer administração municipal deve prezar pelo desejo das entidades e também da população. “Vou respeitar qualquer decisão tomada, mas espero que haja bom senso quanto à importância desse projeto para Brusque”. Rezini também adota postura de luta pela existência da Vila. “O Bruscão precisa de um estádio. É uma das exigências do futebol moderno, e vou brigar, junto com as outras entidades, para que isso saia do papel”, explica.

Quem também está otimista é o presidente do Automóvel Kart Clube, Luiz Carlos Loos, o Luizinho, que seria um dos responsáveis pelo kartódromo previsto na Vila. Para ele, qualquer governo precisa olhar pelo esporte se deseja ver o desenvolvimento da população. “O jovem precisa de esporte. É algo fundamental para a formação de uma sociedade melhor. Mas é preciso de ações públicas para que ele exista, e a Vila Olímpica é um exemplo que pode ajudar nesse sentido”, diz.

‘Não há documento’
Segundo Danilo Visconti, novo procurador geral do município, que assumiu o cargo na última terça-feira, não foi criado nenhum documento para a garantia de uso de espaços da Vila por parte das entidades esportivas. “Até a data de ontem (terça) não veio nenhum documento nesse sentido para a Procuradoria Geral do Município. Estamos em fase de transição de governos e vamos analisar a continuidade dos projetos”, diz.

 

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