Entre lembranças e orações, brusquenses prestam homenagens no Dia de Finados
Familiares fizeram questão de visitar os entes queridos que já partiram
Familiares fizeram questão de visitar os entes queridos que já partiram
O feriado de Finados foi de muito movimento nos cemitérios de Brusque neste domingo, 2. Em um dia nublado, com tons melancólicos, familiares cumpriram a tradição de visitar os entes queridos que já se foram e deixaram saudades. É um momento particular para cada pessoa, em que buscam o conforto na fé e também nas boas lembranças.
No cemitério Parque da Saudade, no bairro Azambuja, fiéis compareceram a missas durante a manhã, entoando cantos e renovando a fé nesta data tão importante para a Igreja Católica. “Pelos prados e campinas, verdejantes, eu vou. É o Senhor que me leva a descansar. Junto às fontes de águas puras, repousantes, eu vou. Minhas forças o Senhor vai animar”, cantaram os presentes na missa das 8h30, durante a comunhão.

No cemitério nesta data de Finados, cada pessoa tem o seu ritual próprio. Acendem velas, enfeitam os túmulos, rezam e oram, conversam com familiares, se emocionam e, em alguns momentos, alguns conseguem até rir, lembrando dos bons momentos vividos em um passado recente ou distante.
Alzira Martinenghi, de 74 anos e moradora do Centro, prestou homenagens aos pais e aos quatro avós, naturais de Botuverá. Finados é uma data importante para a sua fé, mas ela faz questão de visitar o cemitério com frequência para limpar e enfeitar os túmulos.
Para ela, a visita aos entes queridos é um momento de paz. “As lembranças voltam e eu sinto uma paz de espírito. Assim fui ensinada, sigo a Igreja Católica. Desde quando eu era pequena, minha mãe ensinou que a gente deve visitar os parentes no cemitério e ir à missa. E eu venho várias vezes ao ano, porque me traz uma paz. Eu e meus parentes viemos e nos unimos em oração”.

Em frente ao local onde o marido Arno descansa após falecer em 2020, Jandira Reis, de 77 anos, moradora do Cerâmica Reis, conta que, neste 2 de novembro, fez homenagens ao seu companheiro e também aos seus pais, irmãos, cunhados e cunhadas, além de parentes e amigos.
“As lembranças voltam. Tivemos uma convivência bem boa. Quando eu venho aqui, eu rezo. Venho todo mês para limpar, cuidar das flores. A gente não abandona”.

Assim como Jandira, outras famílias encontraram no cemitério não apenas um lugar de saudade, mas também de afeto e memória. Edenize Rieg, moradora do Jardim Maluche, de 63 anos, se emociona ao falar da filha Thaiga, que faleceu aos 31 anos, em 2022. No seu túmulo, estão diversas flores e também um painel com fotos que relembram as marcas que ela deixou em familiares e amigos.
“Venho todos os dias. Aqui parece que eu venho na casa da minha filha. É a nova morada dela e venho para prestar homenagem. Nós morávamos juntas”.

Além de outros parentes, Edenize, que é manicure, também faz questão de visitar ex-clientes. “Criamos um laço muito bom”, conta.
Conheça o avião que realizou o primeiro pouso em Brusque e que continua voando até hoje: