Entre lembranças e orações, brusquenses prestam homenagens no Dia de Finados

Familiares fizeram questão de visitar os entes queridos que já partiram

Entre lembranças e orações, brusquenses prestam homenagens no Dia de Finados

Familiares fizeram questão de visitar os entes queridos que já partiram

O feriado de Finados foi de muito movimento nos cemitérios de Brusque neste domingo, 2. Em um dia nublado, com tons melancólicos, familiares cumpriram a tradição de visitar os entes queridos que já se foram e deixaram saudades. É um momento particular para cada pessoa, em que buscam o conforto na fé e também nas boas lembranças.

No cemitério Parque da Saudade, no bairro Azambuja, fiéis compareceram a missas durante a manhã, entoando cantos e renovando a fé nesta data tão importante para a Igreja Católica. “Pelos prados e campinas, verdejantes, eu vou. É o Senhor que me leva a descansar. Junto às fontes de águas puras, repousantes, eu vou. Minhas forças o Senhor vai animar”, cantaram os presentes na missa das 8h30, durante a comunhão.

Capela do Parque da Saudade estava lotada para a missa das 8h30 | Foto: Bruno da Silva/O Município

No cemitério nesta data de Finados, cada pessoa tem o seu ritual próprio. Acendem velas, enfeitam os túmulos, rezam e oram, conversam com familiares, se emocionam e, em alguns momentos, alguns conseguem até rir, lembrando dos bons momentos vividos em um passado recente ou distante.

“As lembranças voltam”

Alzira Martinenghi, de 74 anos e moradora do Centro, prestou homenagens aos pais e aos quatro avós, naturais de Botuverá. Finados é uma data importante para a sua fé, mas ela faz questão de visitar o cemitério com frequência para limpar e enfeitar os túmulos.

Para ela, a visita aos entes queridos é um momento de paz. “As lembranças voltam e eu sinto uma paz de espírito. Assim fui ensinada, sigo a Igreja Católica. Desde quando eu era pequena, minha mãe ensinou que a gente deve visitar os parentes no cemitério e ir à missa. E eu venho várias vezes ao ano, porque me traz uma paz. Eu e meus parentes viemos e nos unimos em oração”.

Alzira aprendeu desde pequena a importância de visitar os familiares que já se foram no dia de Finados | Foto: Bruno da Silva/O Município

Em frente ao local onde o marido Arno descansa após falecer em 2020, Jandira Reis, de 77 anos, moradora do Cerâmica Reis, conta que, neste 2 de novembro, fez homenagens ao seu companheiro e também aos seus pais, irmãos, cunhados e cunhadas, além de parentes e amigos.

“As lembranças voltam. Tivemos uma convivência bem boa. Quando eu venho aqui, eu rezo. Venho todo mês para limpar, cuidar das flores. A gente não abandona”.

Jandira em frente ao túmulo do marido | Foto: Bruno da Silva/O Município

Assim como Jandira, outras famílias encontraram no cemitério não apenas um lugar de saudade, mas também de afeto e memória. Edenize Rieg, moradora do Jardim Maluche, de 63 anos, se emociona ao falar da filha Thaiga, que faleceu aos 31 anos, em 2022. No seu túmulo, estão diversas flores e também um painel com fotos que relembram as marcas que ela deixou em familiares e amigos.

“Venho todos os dias. Aqui parece que eu venho na casa da minha filha. É a nova morada dela e venho para prestar homenagem. Nós morávamos juntas”.

Edenize e afilhada da filha, que faleceu em 2022, prestam homenagens | Foto: Bruno da Silva/O Município

Além de outros parentes, Edenize, que é manicure, também faz questão de visitar ex-clientes. “Criamos um laço muito bom”, conta.


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Conheça o avião que realizou o primeiro pouso em Brusque e que continua voando até hoje:


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