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Entrevista com Ester Renaux

Ester Renaux fala sobre os caminhos da vida artística e a exposição Município Dia a Dia, Ano a Ano

Entrevista com Ester Renaux

Ester Renaux fala sobre os caminhos da vida artística e a exposição Município Dia a Dia, Ano a Ano

Ela vive a arte como poucos. Mantém seu renomado ateliê em Blumenau, e usa de seu conhecimento nas graduações em Arquitetura e Urbanismo, Filosofia, Estética e História da Arte. Ester Renaux é um grande nome da arte contemporânea, com um traço marcante, agora participa da exposição Município Dia a Dia, Ano a Ano.

MDD: Como iniciou a vida artística?
Ester Renaux: Eu me fiz esta pergunta algumas vezes. Não sei responder. Acho que a vida artística não tem um começo determinado, que a vida é artística. E a vida é este percurso de linhas, pontos e curvas… Ora iluminada, ora nebulosa, mas sempre tem arte por estes caminhos.

MDD: Quais suas inspirações?
E.R.: Minhas inspirações são meus pensamentos e meus sentimentos. Vou expressando de alguma forma. Nem sempre são traduzidos na forma de artes plásticas. Às vezes não me dou tempo para expressar, então guardo e também neste processo muitas vezes esqueço.
Tenho tido no decorrer do tempo a possibilidade de ouvir e de retomar o meu trabalho. Pude perceber que sigo uma linha de construção e desconstrução, de arquitetura e urbanismo. Espaços e territórios com vazios urbanos. Isto é uma preocupação muito presente em mim. Gosto de transitar pelas ruas e cidades, calçadas e pontes, ver os entornos e contornos que os espaços têm.

MDD: Para você o que é arte?
E.R.: Não dizem que ‘viver é uma Arte’? Então, acredito muito neste ditado. A arte tem a capacidade de fazer conexões entre as coisas, tem o espanto da surpresa e o encantamento dos olhares. A arte possibilita uma vida com contornos mais suaves porque ela faz de tudo e de todos os momentos um instante mágico e dá significado estético às coisas. Sejam elas boas ou ruins, coloridas ou com ausência de cor.

MDD: Na exposição Município Dia a Dia, Ano a Ano, qual trabalho você está apresentando?
E.R.: Este trabalho foi chamado de “ViAzul”. Como dizer…estou tentando explorar um pouco destes olhares sobre as coisas de um espaço, de um território urbano. Tem vazios, mas também tem paisagismo e vias que também tem água – azul. É um esparramar-se da natureza. Muita pretensão… Mas vou tentando.

 

 

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