Equipe médica do Azambuja esquece compressa de gaze em corpo de jovem após parto

Paciente teve parto normal no início do mês e sentiu o material saindo de seu corpo na semana passada

Equipe médica do Azambuja esquece compressa de gaze em corpo de jovem após parto

Paciente teve parto normal no início do mês e sentiu o material saindo de seu corpo na semana passada

Um descuido médico gerou indignação em uma família de Brusque. No início do mês, uma gestante ganhou o bebê de parto normal no Hospital Azambuja e 15 dias depois começou a sentir um mal cheiro em sua vagina. Preocupada, procurou o Hospital Nossa Senhora Imaculada Conceição, em Nova Trento, na quinta-feira, 21, e para a surpresa, as enfermeiras encontraram dentro dela uma compressa de gaze.

A irmã da paciente relata que antes de procurar o hospital de Nova Trento, ela havia se consultado com outra médica por estar sentido dores e com febre. Porém, a especialista não encontrou a compressa. Na quinta-feira, durante o banho, sentiu algo saindo de dentro dela e pediu para o marido ver o que era. “Ele também viu algo saindo e eles se apavoraram, ainda mais por ser a primeira gestação. Eles chamaram uma vizinha para acompanhar e foram até Nova Trento, onde foi encontrado o objeto já apodrecendo”, relata.

Indignada, a irmã procurou o diretor do hospital, Fabiano Amorim, que pediu para que a paciente retornasse ao hospital para avaliação médica. “Ela esteve no hospital na sexta-feira, 22, e o médico reavaliou ela para ver se não havia ficado mais nada dentro dela e depois foi liberada”, relata Amorim.

Segundo o diretor, o material esquecido foi uma compressa de contenção de sangramento. “Ela é retirada antes da paciente sair da sala de cirurgia, mas por um descuido da equipe médica, foi esquecida”, lamenta.

Amorim ressalta que o hospital possui um protocolo de segurança, por isso, após ter conhecimento do caso, reuniu o chefe de enfermagem e de ginecologia para chamar a atenção. “Mês passado fizemos 168 nascimentos e já fechamos quase 500 nascimentos neste ano. No ano passado, mais de 2 mil crianças nasceram em nosso hospital e até então, não havíamos tido nenhum caso assim. Com certeza a gente não quer que aconteça e trabalha para que isso não ocorra”, diz.

O diretor do hospital orienta que os pacientes que tiverem algum contratempo, devem procurar primeiramente a unidade hospitalar.

“Queremos e prezamos pela saúde do paciente, mas não podemos cuidar de todos pessoalmente após a alta. Então que nos procure, pois estamos à disposição para resolver e esclarecer as situações”.

A irmã da paciente relata que agora a irmã segue tomando antibióticos e procurará outro médico para realizar exames mais completos, para ter certeza de que não tem mais nenhum problema. “Amanhã (quinta-feira, 28) consultaremos um advogado para nos orientar a como proceder com esse caso, pois achamos que isso foi muito grave e não pode ficar impune”, afirma.

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